Dono da Riachuelo, Flávio Rocha “joga a toalha” e desiste de concorrer à Presidência da República

Flávio Rocha, dono da rede de magazines Riachuelo, Flávio Rocha anunciou nesta sexta-feira (13) que não concorrerá à Presidência da República. Pré-candidato do PRB, Rocha disse em vídeo publicado nas redes sociais que o País “passa por um momento turbulento” e por isso “não pode flertar com os extremos”.

Na mensagem, o empresário agradeceu aos “intrépidos meninos do MBL” e colocou-se à disposição do seu partido, que deve avançar nas negociações com o ex-governador Geraldo Alckmin, presidenciável do PSDB. Apesar das conversas entre o PRB e o candidato tucano Rocha vinha afirmando de forma reiterada que não desistira da disputa.

Quem conhece o perfil e a trajetória de Flávio Rocha sabe que em algum momento o empresário potiguar desistiria de tão desafiadora empreitada. Não que Rocha seja de desistir fácil dos desafios, mas sua postura difere do pragmatismo selvagem que reina na política nacional.


No momento em que o Brasil enfrenta dificuldades econômicas – resquícios da crise recente e da instabilidade do cenário internacional – abandonar o próprio negócio para ingressar em campanha eleitoral é muito temeroso. Mesmo que o desejo de mudar o Brasil seja muito maior do que o jogo bruto que domina as coxias da política nacional.

Mesmo tendo se colocado à disposição do PRB, Flávio Rocha afirmou ao jornal “O Estado de S. Paulo” que não embarcará na campanha de Alckmin à Presidência. De igual modo, o empresário declarou que não aceitaria ser vice de outro candidato. “Não saio para apoiar ninguém. Saio para não entrar em uma luta quixotesca. Não aceitaria ser vice. Não é meu projeto”, disse.

Há nessa declaração ao menos uma contradição, pois Rocha e o PRB anunciaram que estão abertos para negociar com o campo do centro. E não se deve descartar a possibilidade de o candidato de centro ou centro-direita ser Geraldo Alckmin, apesar de o UCHO.INFO insistir na tese de que o melhor para o tucano seria concorrer ao Senado.

Flávio Rocha certamente tem motivos pessoais para desistir da disputa, talvez razões longínquas e extremamente íntimas, mas ele continua preocupado com candidaturas calcadas no radicalismo populista, como as de Jair Bolsonaro (PSL) e Ciro Gomes (PDT).