Lava-Jato: TRF-4 nega pedido para declarar Sérgio Moro suspeito para julgar o já condenado Lula

A milionária defesa de Lula, o alarife do Petrolão, maior e mais acintoso esquema de corrupção de todos os tempos, continua colecionando derrotas. Tal cenário derruba a alegação de que o ex-presidente da República precisa de advogados caros e badalados para provar sua alegada inocência.

Nesta quarta-feira (25), o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), com sede em Porto Alegre, negou mais um recuso no qual o petista, por meio de seus defensores, pediu que o juiz federal Sérgio Moro seja considerado suspeito para julgá-lo nas ações penais decorrentes da Operação Lava-Jato. Antes dessa decisão, o TRF-4 já havia indeferido habeas corpus protocolado pela defesa de Lula que alegava parcialidade de Moro.

Em outros casos julgados, o TRF4 também entendeu que eventuais manifestações do magistrado em textos jurídicos ou palestras de natureza acadêmica sobre corrupção não levariam ao reconhecimento de sua suspeição para julgar os respectivos procedimentos.


O ex-presidente está preso desde 7 de abril na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde cumpre pena de doze anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do apartamento triplex no Guarujá, no litoral paulista.

Lula foi preso após ter sua condenação confirmada – e aumentada – pela segunda instância da Justiça Federal, no caso o TRF-4, conforme autorizado pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em vez de insistir nesses rapapés jurídicos para tentar remover o juiz Sérgio Moro do comando das ações penais em que é réu, Lula deveria explicar aos brasileiros de bem como consegue custear equipe de advogados tão caros e renomados.

Em depoimento à Justiça Federal, em Brasília, o ex-metalúrgico declarou que recebe mensalmente em torno de R$ 30 mil, valor insuficiente para bancar as despesas pessoais e pagar os honorários de criminalistas considerados de “primeiro time”, sem contar o advogado australiano Geoffrey Robertson, especialista em direitos humanos e com elegante escritório em Londres.