Covid-19 deixa 1.341 mortos em 24 horas no Brasil e mostra que “genocídio” rejeitado pelo governo avança

 
Números do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), divulgados nesta terça-feira (14), apontam que 1.341 mortes por Covid-19 foram notificadas no Brasil nas últimas 24 horas. Com isso, o total de óbitos pela doença oficialmente identificados chegou a 74.133, de acordo com atualização publicada às 18h.

Trata-se da quarta pior marca diária de óbitos já registrada no País desde o início da pandemia do novo coronavírus. O recorde foi registrado em 4 de junho, quando 1.473 mortes foram notificadas.

Contudo, diversas autoridades e instituições de saúde em todo o País alertaram que os números reais da doença devem ser maiores em razão da falta de testes em larga escala e da subnotificação. Esse alerta confirma as muitas matérias do UCHO.INFO sobre a subnotificação de casos da doença e um número real de casos e mortes muito maior do que o anunciado. O Brasil ainda registrou oficialmente mais 41.857 casos em 24 horas, elevando o total para 1.926.824.

Já a taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes chegou a 35,3. Em número total de óbitos, o País ocupa a segunda posição no planeta, apenas atrás dos Estados Unidos. Já no cálculo que considera a população, o Brasil aparece em 14° – bem à frente de países vizinhos, como a Argentina (4,28) e o Uruguai (0,9).

 
Nações europeias duramente atingidas pela doença, como o Reino Unido (67,55) e a Bélgica (85,64), ainda aparecem bem à frente, mas esses países começaram a registrar seus primeiros casos entre três e quatros semanas antes do Brasil, e o número de óbitos diários está caindo – hoje está na marca das dezenas.

O Conass ainda apontou que o estado de São Paulo também chegou à marca de 386.607 casos. O estado registrou 18.324 mortes – 417 foram notificadas nas últimas 24 horas. O Ceará é o segundo estado com mais casos: 139. 437, além de 6.977 mortes. O Rio de Janeiro é o terceiro, com 139.437, mas um número de mortes superior ao Ceará: 11.624. O Conselho não comunicou o número de recuperados. Na segunda-feira, o Ministério da Saúde havia informado que o número chegara a 1.154.837.

O presidente Jair Bolsonaro deveria convocar rede de rádio e televisão e se desculpar com a população, pois no início da pandemia, quando seu negacionismo tosco circulava por toda parte, ele disse que no máximo morreriam 800 pessoas, contingente semelhante ao número de mortes provocadas pelo H1N1 em 2019.

O cenário da Covid-19, que avança de forma assustadora no País, sem que o governo tome as providências necessárias para combater a doença, explica o desespero dos generais palacianos e das Forças Armadas com a declaração do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que associou o Exército ao genocídio em que se transformou a pandemia no Brasil.

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