Temendo uma nova onda de Covid-19, França antecipa uso obrigatório de máscara de proteção

 
A França antecipou os planos de tornar obrigatório o uso de máscaras de proteção em locais públicos fechados para impedir a transmissão do novo coronavírus. A medida entrará em vigor a partir da próxima semana, não mais somente em 1º de agosto, como previsto inicialmente, anunciou nesta quinta-feira (16) o primeiro-ministro Jean Castex.

Obrigatórias no transporte público desde 11 de maio, as máscaras passarão a ser exigidas também em lojas e em outros espaços fechados, disse Castex em audiência no Senado.

“Usar máscara, juntamente com medidas de barreira [como distanciamento social e lavar as mãos regularmente], é um método eficiente de prevenção e proteção”, disse o premiê, apontando que implementar a medida somente em 1º de agosto pareceu “tarde” para muitos.

O anúncio foi feito por Castex após o ministro da Saúde da França, Olivier Veran, apontar sinais de um “ressurgimento” da epidemia do novo coronavírus, que provocou mais de 30 mil mortes no país. “Estamos vendo sinais fracos de um ressurgimento epidêmico em certos hospitais de Paris, e é por isso que eu peço que os franceses permaneçam vigilantes, ativos contra o vírus”, disse o ministro em entrevista a uma emissora de rádio.

De acordo com dados oficiais divulgados na quarta-feira (15), a França teve 133 novos pacientes de Covd-19 hospitalizados em 24 horas, além de 17 pessoas internadas em UTIs, totalizando 482. Em abril, o país chegou a ter 4.281 hospitalizações num dia e mais de 7.100 pessoas internadas em UTIs no auge da epidemia.

Veran disse que um aumento das admissões hospitalares e das chamadas telefônicas para os serviços de emergência são indicadores, ainda não preocupantes, que requerem “atenção especial” para a possibilidade de uma retomada da epidemia.

 
A França registra atualmente alguns surtos localizados de Covid-19. Em seis comunas do departamento de Mayenne, no noroeste do país, que reportaram alta nas infecções, o uso de máscaras passou a ser obrigatório em locais públicos já nesta quarta-feira.

Um dos países mais duramente atingidos pela Covid-19 na Europa, a França adotou rígidas medidas de confinamento a nível nacional durante semanas para conter a doença.

Enquanto ajudaram a achatar a curva de infecção, as ordens de permanência em casa causaram o que Castex descreveu nesta quinta-feira como uma severa recessão. Segundo o premiê, a previsão é de que a economia sofra contração de 11% em 2020.

Embora a maioria dos negócios na França tenha reaberto, algumas atividades de grupo permanecem restritas, e o governo continua pedindo para que os franceses se comportem de forma responsável como forma de evitar uma segunda onda de infecção pelo novo coronavírus.

Nesta quinta-feira, o presidente Emmanuel Macron afirmou que pretende tornar testes para Covid-19 disponíveis para todos os franceses, sem a necessidade de indicação médica. (Com agências internacionais)

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