União Europeia mantém restrição a turistas brasileiros por conta da pandemia do novo coronavírus

 
O negacionismo do presidente Jair Bolsonaro em relação à Covid-19 continua rendendo prejuízos ao Brasil, como havia antecipado o UCHO.INFO em diversas matérias. Não obstante, o genocídio provocado pela pandemia do novo coronavírus avança assustadoramente diante da inépcia e da quase paralisia do governo central.

Nesta quinta-feira (16), o Conselho Europeu atualizou a lista das nações cujos cidadãos estão autorizados a fazer turismo nos países da União Europeia. E o Brasil, que já havia ficado de fora da lista divulgada em 1º de julho, continua à margem.

A liberação para o ingresso de turistas no bloco econômico vem ocorrendo de forma gradual e faz parte do processo de reabertura e retomada econômica na região, vencida a fase mais crítica da pandemia. Na primeira lista de permissão, constavam 15 países considerados como seguros, mas o Conselho Europeu decidiu excluir Sérvia e Montenegro, o que reduziu o número de nações para 13. Os Estados Unidos também ficaram de fora da lista mais uma vez, já que a doença avança no território norte-americano.

No rol de países que são considerados seguros e cujos cidadãos podem realizar viagens não essenciais para a União Europeia estão Argélia, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Georgia, Japão, Marrocos, Nova Zelândia, Ruanda, Tailândia, Tunísia e Uruguai.

 
Além desses países, a lista contempla a China, sendo que a liberação a cidadãos chineses é fruto da reciprocidade do governo de Pequim com os europeus. Em outro vértice da decisão, os residentes em Andorra, Mônaco, San Marino e Vaticano são considerados momentaneamente como residentes da União Europeia para fins de livre circulação nos países do bloco. Mesmo assim, as autoridades sanitárias europeias não descartam a possibilidade de, se necessário, retomar regras restritivas.

O Conselho Europeu adotou como critério para a liberação dos países o cenário da Covid-19 em cada um deles e as medidas de combate à doença adotadas pelos respectivos governos, incluindo o isolamento social. Para conseguir entrar na lista, o Brasil precisa, entre tantos requisitos, apresentar número proporcional de novos casos de Covid-19 por 100 mil habitantes igual ou inferior à média europeia.

É importante ressaltar que mesmo o Brasil apresentando um índice de novos casos condizente com a média da União Europeia, o bloco levará em consideração o fato de o governo brasileiro não ter adotado a testagem em massa, o que faz com que a subnotificação seja elevada. Especialistas em epidemiologia garante que há no País pelo menos sete vezes mais casos do que o anunciado oficialmente.

A lista dos países cujos cidadãos podem circular pela União Europeia, respeitada as regras de cada nação, será reavaliada de duas em duas semanas, segundo informações do Conselho.

Se você chegou até aqui é porque tem interesse em jornalismo profissional, responsável e independente. Assim é o jornalismo do UCHO.INFO, que nos últimos 20 anos teve participação importante em momentos decisivos do País. Não temos preferência política ou partidária, apenas um compromisso inviolável com a ética e a verdade dos fatos. Nossas análises políticas, que compõem as matérias jornalísticas, são balizadas e certeiras. Isso é fruto da experiência de décadas do nosso editor em jornalismo político e investigativo. Além disso, nosso time de articulistas é de primeiríssima qualidade. Para seguir adiante e continuar defendendo a democracia, os direitos do cidadão e ajudando o Brasil a mudar, o UCHO.INFO precisa da sua contribuição mensal. Desse modo conseguiremos manter a independência e melhorar cada vez mais a qualidade de um jornalismo que conquistou a confiança e o respeito de muitos. Clique e contribua agora através do PayPal. É rápido e seguro! Nós, do UCHO.INFO, agradecemos por seu apoio.