A delinquência intelectual do presidente Jair Bolsonaro, que chafurda no cocho do neofascismo, não tem limites. De igual modo avança sua disposição de ameaçar a democracia brasileira, pois a incompetência o impede de conduzir o País em condições mínimas de governança.
Um dos poucos capachos de plantão de Donald Trump, ainda presidente dos Estados Unidos, Bolsonaro não apenas deixou de condenar a criminosa invasão do Capitólio por extremistas americanos, mas ameaçou o Brasil com situação idêntica ou pior caso as eleições de 2022 não contem com o voto impresso.
Sem apresentar provas, mas baseado em teorias da conspiração, a exemplo do que vem fazendo Trump desde a consumação da derrota nas urnas, Bolsonaro insiste em afirmar que o processo eleitoral norte-americano foi marcado por fraudes. O presidente brasileiro disse a apoiadores, que diariamente se aglomeram à saída do Palácio da Alvorada, que nos EUA pessoas votaram até quatro vezes, o que é uma sonora e monumental mentira.
“O pessoal tem que analisar o que aconteceu nas eleições americanas agora. Basicamente qual foi o problema, causa dessa crise toda? Falta de confiança no voto. Então lá, o pessoal votou e potencializaram o voto pelos correios por causa da tal da pandemia e houve gente que votou três, quatro vezes, mortos votaram, foi uma festa lá. Ninguém pode negar isso daí”, disse Bolsonaro aos membros de sua turba.
“E aqui no Brasil, se tivermos o voto eletrônico em 2022, vai ser a mesma coisa. A fraude existe”, declarou o presidente. “Se nós não tivermos o voto impresso em 2022, uma maneira de auditar o voto, nós vamos ter problema pior que os Estados Unidos”, ameaçou Bolsonaro, que em qualquer país minimamente sério já estaria respondendo criminalmente por incitação à violência, sem contar os constantes ataques à democracia e ao Estado de Direito.
Na conversa com seus bajuladores, Bolsonaro referiu-se à inexistência de provas sobre a acusação de fraude nas eleições americanas. O presidente afirmou que não responderia mais à imprensa, a quem chamou de “canalhas”.
É importante ressaltar que, a reboque da sua conhecida sabujice, Bolsonaro é um descontrolado seguidor de Donald Trump, que também adotou a estratégia de atacar a imprensa local como forma de minimizar sua estupidez.
Bolsonaro criticou o bloqueio das contas de Donald Trump em redes sociais, medida adotada após postagens que incitavam a violência e o desrespeito à democracia e à Constituição americana. “Bloquearam o Trump nas redes sociais, um presidente eleito. Ainda presidente, tem suas mídias bloqueadas”, disse o mandatário brasileiro.
Twitter e Facebook não poderiam adotar outra medida, que não o bloqueio das contas de um político mimado que se recusa a reconhecer a própria incompetência e a aceitar a derrota.
Mais uma vez sem apresentar provas, o presidente afirmou que as eleições de 2018, da qual saiu vencedor, registraram fraudes que lhe tiraram uma vitória em primeiro turno. Durante visita aos Estados Unidos, em 9 de março de 2020, Bolsonaro disse que apresentaria provas de que as eleições de 2018 foram fraudadas, o que jamais fez.
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