O estado de São Paulo confirmou, nesta terça-feira (26), ter identificado três casos de Covid-19 relacionados à variante amazonense do novo coronavírus, cientificamente batizada como “P.1”.
O Japão foi o primeiro país a identificar a nova variante em viajantes que retornaram de viagem ao Amazonas. A detecção em solo japonês foi notificada no último dia 10 de janeiro.
As mutações na variante “P.1”, principalmente na “proteína S” – responsável pela adesão do vírus às células humanas e por sua entrada no citoplasma –, a tornam semelhante às variantes encontradas no Reino Unido e na África do Sul, o que possibilita maior potencial de contaminação e em tempo menor, o que acarreta substancial aumento no número de mortes.
Os casos detectados em São Paulo foram confirmados após sequenciamento genético das amostras colhidas de pessoas diagnosticadas com Covid-19 e atendidas no serviço público de saúde estadual. O sequenciamento ficou a cargo do Instituto Adolfo Lutz.
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As três pessoas que apresentaram a variante “P.1” tinham histórico de viagem a Manaus ou eram moradoras da capital amazonense, de acordo com as primeiras informações da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
Na segunda-feira (25), os Estados Unidos também confirmaram a detecção da variante “P.1” em solo americano, em um residente do estado de Minnesota que esteve recentemente no Brasil.
O anúncio da primeira detecção pelos EUA da variante amazonense do novo coronavírus aconteceu horas após o presidente Joe Biden retomar restrições de viagens a passageiros oriundos do Brasil, da União Europeia, Reino Unido e África do Sul. Outros países têm adotado restrições idênticas como forma de conter a chegada das variantes do coronavírus SARS-CoV-2.
Dois dias antes de deixar a Casa Branca, o agora ex-presidente Donald Trump liberou a entrada nos EUA de viajantes dos mencionados países. Apenas passageiros da China e do Irã continuaram proibidos de ingressar no território americano.
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