Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso publicou no Twitter, nesta quarta-feira (31), dia em que o golpe militar completa 57 anos, texto em defesa da democracia. Barroso afirma que “ditaduras vêm com intolerância, violência contra os adversário e falta de liberdade”.
De chofre, Barroso ressalta no texto que somente nega a ditadura iniciada com o golpe de 64 quem não viu “um adversário do regime que tenha sido torturado, um professor que tenha sido cassado ou um jornalista censurado”.
Mais adiante, em outro trecho da publicação, o ministro lembrou que durante a ditadura não havia eleições livres e que o atual período democrático, iniciado após a queda do regime militar, proporcionou maior progresso social ao País.
“As regras eleitorais eram manipuladas. Ditaduras vêm com intolerância, violência contra os adversários e falta de liberdade. Apesar da crise dos últimos anos, o período democrático trouxe muito mais progresso social que a ditadura, com o maior aumento de IDH [Índice de Desenvolvimento Humano] da América Latina”, escreveu o magistrado.
Barroso mencionou alguns exemplos do funcionamento à época da censura e lembrou de obras de arte proibidas pelo regime, pois os então ocupantes do poder entendiam que manifestações culturais de adversários do regime não eram bem-vindas.
“Os jornais eram publicados com páginas em branco ou poemas. Os compositores tinham que submeter previamente suas músicas ao departamento de censura. A novela Roque Santeiro foi proibida e o Ballet Bolshoi não pôde se apresentar no Brasil porque era propaganda comunista”, relembrou Barroso.
“Tortura, cassações e censura são coisas de ditaduras, não de democracias”, finalizou Barroso.
A publicação feita pelo ministro do STF, assim como outras levadas a público neste 31 de março, serve de baliza para aqueles que, à sombra do desconhecimento, defendem intervenção militar, a exemplo do que faz a súcia dos títeres que apoiam o presidente Jair Bolsonaro, golpista convicto que busca incessantemente caminhos que possibilitem um “cavalo de pau” na democracia.
Em que pese o direito do cidadão Jair Bolsonaro à livre manifestação do pensamento, qualquer movimento que ameace a democracia, o Estado de Direito e os Poderes constituídos deve ser repelido com a força da lei, podendo, inclusive, culminar com a prisão dos insurgentes. Golpistas não passarão!
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