O Brasil registrou nas últimas 24 horas 3.481 mortes por Covid-19, totalizando 378.530 óbitos pela doença desde o início da pandemia. Com esse novo balanço, a média móvel de mortes no nos últimos sete dias no País chegou a 2.830, alta de 3% na comparação com o índice de quatorze dias atrás. Os dados são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e foram divulgados na noite desta terça-feira (20) pelo consórcio de veículos de imprensa.
Há 90 dias a média móvel de mortes por Covid-19 no Brasil está acima de 1 mil; há 35 dias, acima de 2 mil; há 25 dias, acima de 2,5 mil. Esse cenário confirma o avanço da doença no País, fruto do desrespeito às medidas restritivas e de combate à doença, da falta de vacinas e da incapacidade do governo de Jair Bolsonaro de enfrentar a pandemia.
Em relação a casos confirmados, nas últimas 24 horas foram registrados 73.172 diagnósticos, sendo que desde o começo da crise sanitária 14.050.885 contraíram o novo coronavírus. A média móvel de casos nos últimos sete dias foi de 64.188 novos diagnósticos diários, alta de 1% com o índice de duas semanas atrás.
Os números reais de casos e de óbitos pela doença são muito maiores, principalmente por causa da baixa testagem em larga escala e da subnotificação, como tem afirmado o UCHO.INFO desde o primeiro registro da presença do novo coronavírus em território brasileiro. Autoridades de saúde reconhecem que o cenário provocado pelo novo coronavírus no Brasil é muito mais grave e preocupante. Pelos nossos cálculos, com base em informações de especialistas em epidemiologia, o número de mortes por Covid-19 no Brasil é pelo menos 50% maior.
De acordo com informações do Ministério da Saúde, até a noite de segunda-feira (19) 12.460.712 pacientes haviam se recuperado da Covid-19. O Conass não divulga o número de recuperados.
Em relação à imunização contra Covid-19, o balanço desta terça-feira-feira mostra que 27.173.331 pessoas já receberam a primeira dose da vacina contra Covid-19, o que representa 12,83% da população brasileira. A segunda dose foi aplicada em 10.718.372 pessoas, o que equivale a 5,06% da população. Considerando que as vacinas disponíveis no País exigem dose de reforço (segunda dose), o Brasil está muito longe da meta de vacinar 75% da população para alcançar a chamada “imunidade de rebanho” e conter a circulação do novo coronavírus.
Com base nos dados do Conass, oito estados brasileiros apresentam alta no número de mortes por Covid-19: Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Acre, Amapá, Pará e Roraima. Doze entes federativos registram estabilidade no número de óbitos: São Paulo, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Amazonas, Rondônia, Maranhão, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. Sete estados apresentam queda: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Piauí, Rio Grande do Norte e Paraíba.
Com os óbitos registrados nesta terça-feira, a taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes no Brasil subiu 179,9, a 13ª mais alta do planeta, quando desconsiderados países classificados como pequenos. O Brasil ultrapassou os Estados Unidos e agora detém o número de mortes por Covid-19 mais alto em relação à população entre todas as nações das Américas.
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