Quando afirmamos que o contínuo esfarelamento do projeto de reeleição tem levado o presidente Jair Bolsonaro ao desespero e consequente à radicalização do discurso, com direito a ameaças á democracia e aos Poderes constituídos, não se trata de figura de retórica ou obra do achismo. Trata-se de análise minuciosa do desempenho de um governante que flerta diuturnamente com o atraso e o obscurantismo, além de ter sido dragado pelo negacionismo em relação à pandemia.
Muito além de promessas mirabolantes, como retomada da economia e o fim da corrupção, a opinião pública quer saber de soluções práticas que resultem em mudanças palpáveis no cotidiano. Sem descer do palanque desde que foi eleito e direcionando sua insana verborragia aos apoiadores mais radicais, Bolsonaro agora começa a perceber que o sinal de alerta foi acionado.
Com os direitos políticos restabelecidos há pouco mais de dois meses, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não falou em candidatura, mas seu nome tem sido incluído em pesquisas de opinião sobre a corrida presidencial de 2022. Em todos os levantamentos, o petista aparece à frente de todos os possíveis candidatos, inclusive de Bolsonaro.
Divulgada nesta quarta-feira (12), pesquisa Datafolha mostra que se a disputa pela Presidência da República fosse hoje, Lula venceria Bolsonaro com larga vantagem. No primeiro turno, o petista teria 41% das intenções de voto, contra 23% do atual chefe do Executivo.
Dados da pesquisa revelam que a tese de uma candidatura de centro por enquanto não empolgou o eleitor, possivelmente porque os pré-candidatos que se apresentaram até então são pouco carismáticos ou nada convincentes, sem contar a inexperiência de alguns na seara política.
Esse cenário se confirma com as intenções de voto dos outros possíveis candidatos ao Palácio do Planalto no primeiro turno: Sérgio Moro (7%), Ciro Gomes (6%), Luciano Huck (4%), João Doria (3%), Luiz Henrique Mandetta e João Amoêdo com 2% cada.
Em eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o ex-metalúrgico venceria o capitão reformado com margem ainda maior: 55% contra 32%. FAz-se necessário ressaltar que a pesquisa é um retrato do momento.
O levantamento foi realizado nos dias 11 e 12 de maio com 2.071 pessoas, presencialmente, em 146 municípios. A margem de da pesquisa erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
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