As hospitalizações por Covid-19 nos Estados Unidos atingiram o recorde nesta segunda-feira (10), de acordo com contagem da agência de notícias Reuters, à medida que a variante ômicron se espalha pelo país e preocupa as autoridades quanto a uma possível saturação dos sistemas de saúde.
Nesta segunda-feira, 132.646 pessoas foram hospitalizadas com Covid-19, superando o recorde anterior de 132.051 pacientes em hospitais, em janeiro de 2021.
As hospitalizações aumentaram de forma constante desde o final de dezembro, dobrando nas últimas três semanas, quando a ômicron rapidamente ultrapassou a delta e se tornou a variante dominante nos EUA.
Embora potencialmente menos grave, autoridades de saúde alertam que o grande número de infecções causadas pela ômicron pode sobrecarregar os sistemas hospitalares. Algumas instituições já suspenderam procedimentos eletivos. Outras estão permitindo que profissionais da saúde que testaram positivo para Covid-19 continuem trabalhando.
Os estados de Delaware, Illinois, Maine, Maryland, Missouri, Ohio, Pensilvânia, Porto Rico, Ilhas Virgens Americanas, Vermont, Virgínia e Wisconsin, além de Washington D.C, relataram níveis recordes de pacientes hospitalizados recentemente com o novo coronavírus, de acordo com a análise da Reuters.
A variante ômicron fez os casos de Covid-19 nos EUA explodirem para uma média de 700.000 por dia. Apenas sete estados não registraram recordes de infecções por Covid-19 em 2022: Arizona, Idaho, Maine, Montana, Dakota do Norte, Ohio e Wyoming, segundo a agência de notícias.
Levando em consideração a população, Washington, D.C. lidera o ranking de novas infecções, seguido de Rhode Island, Nova York, Nova Jersey, Massachusetts e Vermont.
Positivados autorizados a trabalhar
Autoridades de saúde da Califórnia anunciaram no fim de semana que funcionários de hospitais com resultado positivo para Covid-19, mas sem sintomas, podem continuar trabalhando. Alguns hospitais em Rhode Island e no Arizona fizeram o mesmo.
O Departamento de Saúde Pública da Califórnia disse que a nova política foi motivada por “escassez crítica de pessoal”.
Em dezembro, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças disse que os profissionais de saúde infectados que não apresentem sintomas podem retornar ao trabalho após sete dias e com um teste negativo. No entanto, o tempo de isolamento pode ser reduzido ainda mais se houver escassez de pessoal.
Os trabalhadores infectados serão obrigados a usar máscaras N95 e devem tratar apenas pacientes positivos para Covid-19.
A Associação de Enfermeiros da Califórnia, com cerca de 100.000 membros, se opôs à decisão e alertou que isso levará a mais infecções.
A presidente da entidade, Cathy Kennedy, disse que o governador Gavin Newsom e outros líderes estaduais “estão colocando as necessidades das empresas de saúde antes da segurança de pacientes e trabalhadores”. “Queremos cuidar de nossos pacientes e vê-los melhorar, não potencialmente infectá-los”, completou.
Na área de Phoenix, a Dignity Health, uma importante operadora de hospitais, enviou memorando aos funcionários informando que os infectados pelo novo coronavírus que se sentem bem o suficiente para trabalhar podem solicitar autorização a seus gerentes.
Na última semana, a França anunciou que permitiria que profissionais de saúde com sintomas leves de Covid-19 ou assintomáticos continuassem tratando pacientes. (Com Deutsche Welle e Reuters)
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