O número de refugiados da Ucrânia, após a guerra deflagrada por Moscou, já é de 2 milhões, destacou nesta terça-feira (8) o chefe do Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), Filippo Grandi. “Hoje o fluxo de refugiados da Ucrânia chega a 2 milhões de pessoas”, publicou Grandi no Twitter.
O contingente de refugiados ucranianos é o maior em intervalo de tempo tão pequeno – 13 dias de guerra. Desse total, metade é de crianças, muitas delas que foram obrigadas a caminhar muito para conseguir escapar da barbárie patrocinada pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, que promete endurecer os ataques.
Morte de criança
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, informou que uma criança morreu de desidratação em Mariupol, cidade que está sitiada e há dias sem água, energia ou aquecimento em meio ao avanço das tropas russas.
“Em 2022, de desidratação”, disse Zelenskiy em vídeo, comparando a crise humanitária ligada ao bombardeio russo das cidades ucranianas com a criada pela invasão nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
A morte da criança não pôde ser confirmada até o momento de forma independente, pois é grande a guerra de narrativas que separa Moscou e Kiev. O Kremlin, que pune com prisão quem rotular a investida contra a Ucrânia como “guerra” ou “invasão”, adotou o termo “operação militar especial” para desarmar o vizinho e prender líderes que chama de “neonazistas”.
Putin nega que as forças russas têm como alvo os civis ucranianos, mas imagens da guerra, que correm o mundo, desmentem de forma recorrente o presidente da Rússia. A catástrofe humanitária na Ucrânia deve aumentar a partir de agora, pois diversos Países decidiram reforçar as sanções ao antigo reduto dos czares.
A qualquer momento os Estados Unidos devem anunciar a importação de petróleo e gás natural russos, o que deve fazer com que a resposta do Kremlin avance no campo da barbárie.
Bombardeio aéreo
Pelo menos 21 civis, incluindo duas crianças, foram mortos na segunda-feira (7) em ataque aéreo russo em rua residencial na cidade de Sumy, no Nordeste da Ucrânia.
Os corpos foram recuperados na manhã desta terça-feira (horário local) pelos serviços de emergência, durante operação de buscas.
Coexistência pacífica
A Rússia e os Estados Unidos (EUA) deveriam retornar ao princípio da “coexistência pacífica” como durante a Guerra Fria, disse o Ministério das Relações Exteriores russo, de acordo com a agência de notícias Interfax.
O ministério acrescentou que a Rússia está aberta ao diálogo honesto e de respeito mútuo com os EUA e que permanece a esperança de que a normalidade nas relações entre os dois países possa ser restaurada.
Esse cenário apontado pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, está distante, já que países do Ocidente decidiram ampliar as sanções econômicas, muitas das quais causam preocupação no Kremlin, que ameaçou suspender o fornecimento de gás natural à Europa. Putin sabe que a economia russa pode colapsar a qualquer momento, mesmo com o socorro que vem sendo dado pela China.
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