Biden proíbe importação de petróleo russo; UE deve reduzir em dois terços compra de gás da Rússia

 
Em mais uma dura resposta à invasão da Ucrânia por tropas militares, o presidente Joe Biden anunciou nesta terça-feira (8) a proibição de importação de petróleo russo pelos Estados Unidos.

“Queremos aumentar a pressão contra a máquina de guerra de Putin”, disse Biden em pronunciamento. “O mundo está unido contra a guerra de Putin”, disse o presidente americano, que ponderou que a decisão pode não ser acompanhada economicamente por aliados europeus.

Biden alertou que o preço da gasolina subirá “ainda mais”, mas que irá liberar parte das reservas nacionais. O petróleo russo é responsável por 5% do total consumido pelos EUA.

Maior exportador de óleo e gás natural do planeta, a Rússia enfrenta duras sanções econômicas por causa da guerra contra a Ucrânia, mas até então as exportações de óleo e gás haviam sido poupadas.

A decisão de Joe Biden, que contou com o apoio de democratas e republicanos, era esperada, mesmo que outros países do Ocidente não o tenham acompanhado. Ao mesmo tempo, a União Europeia apresentou um plano que reduz em dois terços a importação de gás russo.

 
Diante do alargamento das sanções econômicas, que têm colocado a Rússia em situação de extrema dificuldade, o presidente Vladimir Putin ameaçou suspender por completo o fornecimento de gás natural à Europa.

A medida, se levada adiante, causará impacto na economia da União Europeia, mas o efeito colateral também será sentido na Rússia, onde o rublo despenca com o passar dos dias.

Mercado internacional

Os preços do petróleo atingiram os níveis mais altos desde 2008, principalmente porque ocorreu atraso no retorno do petróleo iraniano ao mercado global. Outro motivo da alta é a decisão dos EUA e de aliados europeus de barrar as importações russas.

A Europa é dependente da Rússia em relação a petróleo bruto e gás natural, mas nos últimos dias passou a considerar a possibilidade de banir commodities russas das suas importações

No contraponto, os EUA dependem menos do petróleo e dos produtos russos, mas uma proibição ajudaria a elevar os preços e atingir os consumidores norte-americanos que já veem altas crescentes na bomba de gasolina. Esse cenário terá impacto na inflação americana e de quase todos os países ao redor do planeta.

“Nós importamos uma porcentagem tão menor de petróleo da Rússia do que os europeus… é uma circunstância muito diferente”, disse a repórteres o secretário de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki.

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