Logo após o jornal “O Estado de S. Paulo” divulgar com exclusividade o polêmico o caso do presente milionário que o governo da Arábia Saudita deu a Michelle Bolsonaro e que o ex-presidente da República tentou trazer para o Brasil de forma ilegal, sem pagar impostos e omitindo informações à Receita Federal, as redes sociais bolsonaristas foram infestadas por ataques sórdidos ao petista Lula.
A milícia digital que apoia o golpista Jair Bolsonaro resolveu contra-atacar como forma de minimizar o escândalo das joias milionárias, que, como afirmamos em matéria anterior, está apenas nos primeiros capítulos.
Ressuscitar a Operação Lava-Jato e as condenações absurdas e ilegais patrocinadas por Sérgio Moro e Deltan Dallagnol é um claro sinal de desespero dos bolsonaristas, que não aceitam a realidade dos fatos.
Tutelados por ex-integrantes do “gabinete do ódio”, que às expensas do dinheiro público funcionou no Palácio do Planalto durante os quatro anos da gestão Bolsonaro, os aduladores do ex-presidente retomaram as postagens que rotulam Lula como “ladrão”.
É importante ressaltar que Luiz Inácio Lula da Silva não foi julgado no âmbito da Lava-Jato pela prática de roubo, mas pela acusação de corrupção, algo que não ficou provado, apesar dos esforços criminosos da força-tarefa e da 13ª Vara Federal de Curitiba.
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. Dantesca, epopeia das milionárias joias sauditas enviadas a Michelle Bolsonaro está apenas no começo
Sabem os leitores que não temos políticos de estimação nem fazemos jornalismo de encomenda, mas condenar com base em indícios é um devaneio jurídico alimentado por Moro e Dallagnol em nome de um espúrio projeto de poder.
Entre as acusações feitas a Lula na esteira do Petrolão e o escândalo das joias sauditas há uma diferença considerável: Bolsonaro deixou muitas digitais, algumas delas horas antes de fugir para os Estados Unidos.
A situação de Bolsonaro é pior porque o então ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) confirmou que as joias eram um presente do governo de Riad para Michelle Bolsonaro. Além disso, as investidas contra a Receita Federal e a tentativa de “carteirada” do outrora secretário do órgão, Júlio Cesar Vieira Gomes, não deixam dúvidas a respeito do envolvimento de Bolsonaro.
Resta torcer para que as autoridades encarregadas das investigações não cometam os erros que marcaram as operações Castelo de Areia, Satiagraha e a própria Lava-Jato.
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