O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é conhecido por sua habilidade como negociador, mas não é isso que se vê em seu terceiro mandato, marcado por decisões que contrariam o bom-senso e político e a lógica diplomática.
Recentemente, Lula esteve nos Estados Unidos, de onde voltou de mãos abanando, mas é preciso considerar que o governo americano declarou apoio ao petista na disputa com Jair Bolsonaro, que sempre foi subserviente ao republicano Donald Trump.
Em sua visita à China, principal parceiro comercial do Brasil, Lula criticou os EUA por, nas suas palavras, fomentar a guerra entre russos e ucranianos. O petista extrapolou ao afirmar que americanos e europeus são responsáveis pelo prolongamento da guerra, não sem antes culpar a Ucrânia pelo conflito, como se a culpa não fosse do Kremlin.
Em que pese a importância da China como parceiro comercial, criticar os Estados Unidos, que também tem relevada importância no comércio bilateral, o discurso de Lula é um devaneio diplomático que contraria a política externa brasileira.
Ademais, depois do isolamento diplomático imposto ao Brasil pelo desgoverno de Bolsonaro, não cabe na agenda brasileira qualquer crítica à guerra na Ucrânia, mesmo que o Palácio do Planalto queira adotar neutralidade diante do conflito.
Como se não bastasse, Lula em breve estará na Europa, onde por certo terá de dar explicações por conta de suas declarações acerca da guerra na Ucrânia. No momento em que o Acordo entre Mercosul e União Europeia está para ser formalizado, depois de anos de espera, o palavrório do petista é uma ode à irresponsabilidade.
Não obstante, ultrapassa as fronteiras da incoerência o chefe de uma nação que pleiteia assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) criticar a guerra e afirmar que a Ucrânia deve ceder para pôr fim ao conflito.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, é um ditador conhecido que tenta vender aos incautos a deia de reconstrução do império soviético, algo que não cabe nos tempos modernos. Somente quem está próximo do perigo sabe o quanto Putin é perigo para a humanidade.
Como temos afirmado desde o período de transição, Lula tornou-se refém da ala ideológica do PT, que à sombra do revanchismo tenta impor ideias nocivas ao País. Caso o presidente da República decida continuar dando ouvidos ao núcleo duro do governo, é preciso reconhecer que Lula tem tudo para fazer um péssimo governo, ao contrário dos dois anteriores.
Talvez Lula não tenha percebido que há enorme diferença entre a retomada da política externa brasileira e o fisiologismo petista. Ignorar a barbárie cometida por Vladimir Putin na Ucrânia é sinal de despreparo político.
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