(*) Gisele Leite
O ano judiciário em sua abertura já trouxe novidades que abalaram a paz institucional brasileira. Novos indícios e novas diligências atingiram o ex-Presidente da República e seus familiares e, ainda, seu círculo político e militar mais próximo.
Desde a colaboração premiada de Mauro Cid, as estruturas frágeis foram abaladas e duras medidas atingiram vários personagens, envolvendo ex-ministros e até o ex-chefe da Abin durante o governo federal passado. Ainda se descobriu a dinâmica nefasta do afamado Gabinete do Ódio.
Ainda por força da operação policial alcunhada de Tempus Veritatis que deverá mostrar-nos a verdade. Porém, nada disso surpreendeu os afetados tanto que todos já apresentavam pronto discurso e, acusou de perseguição implacável e política. especialmente após a troca de Augusto Aras por Paulo Gonet Branco no comando da Procuradoria-Geral da República.
A PGR manifestou-se pela prisão dos quatro detidos na Tempus Veritatis, sendo um deles Filipe Martins, ex-assessor especial da Presidência da República, e os outros três, militares.
Há poucos dias, o órgão havia se manifestado também favoravelmente à investida da Polícia Federal sobre Carlos Bolsonaro, nas apurações sobre a chamada Abin paralela. Especialmente, depois da troca de Augusto Aras por Paulo Gonet Branco no comando da Procuradoria-Geral da República.
A PGR manifestou-se pela prisão dos quatro detidos na Tempus Veritatis, sendo um deles Filipe Martins, ex-assessor especial da Presidência da República, e os outros três, militares.
Enfim, diante de tantos indícios e de contundentes provas, aguardamos ansiosos por cenas dos próximos capítulos, de uma novela intitulada: “A democracia abalada”.
Mas, estamos em pleno carnaval de 2024, no reino da alegria e da folia e, os estratagemas para o Golpe de Estado mais parecem um processo de carnavalização, pois, afinal, o fenômeno cultural por vezes demonstra-se ser mais impactante do que o político.
(*) Gisele Leite – Mestre e Doutora em Direito, é professora universitária.
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