Uma jornalista síria e ao menos dois civis morreram em um ataque aéreo israelense em Damasco, capital da Síria. A informação foi divulgada pela mídia estatal síria na manhã desta terça-feira (1), citando uma fonte militar.
O ataque israelense teve como alvo vários pontos de Damasco. Ao menos nove pessoas também ficaram feridas. A jornalista morta foi identificada como Safaa Ahmed. De acordo com a emissora de televisão estatal, “a apresentadora foi martirizada na agressão israelense contra a capital.”
Além das mortes, o ataque aéreo israelense causou “danos significativos” a propriedades no local. A agência de notícias oficial Sana informou que o sistema de defesa aéreo do país interceptou alvos “hostis”, frase que usada costumeiramente para se referir a bombardeios israelenses, nas proximidades de Damasco três vezes seguidas em uma noite após explosões na capital.
Imagens divulgadas pela agência de notícias síria mostram carros queimados nas ruas e um automóvel com os vidros quebrados após o ataque aéreo.
O Exército de Israel, por sua vez, adotou silêncio obsequioso diante das acusações. Questionados pela agência de notícias Reuters, os militares israelenses declararam que não comentam reportagens de mídia estrangeira.
Conforme a agência de notícias, Israel ataca alvos ligados ao Irã na Síria há anos. Contudo, as ações aumentaram desde o início do conflito de Israel com o Hamas, iniciado em 7 de outubro de 2023.
Quase 100 mil pessoas fugiram do Líbano devido aos bombardeios israelenses, buscando refúgio na Síria. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (30) pelo alto comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Refugiados, Filippo Grandi. O número dobrou em 48 horas.
“O número de pessoas que entraram na Síria a partir do Líbano, fugindo dos bombardeios israelenses – cidadãos libaneses e sírios – chegou a 100 mil. O fluxo de saída continua”, escreveu Grandi na rede social X.
No último sábado (28), o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) informou que mais de 50 mil pessoas haviam atravessado a fronteira do Líbano para a Síria. (Com AFP)
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