Trump assina decreto que tira os Estados Unidos do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas

Empossado nesta segunda-feira (20) como 47º presidente dos Estados Unidos, Donald Trump anunciou mais uma medida polêmica: a saída do país do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas.

No seu primeiro mandato, Trump retirou o país do acordo, alegando ser prejudicial à economia americana e benéfico a outros países às custas dos Estados Unidos. O processo levou anos e foi imediatamente revertido pela presidência do democrata Joe Biden em 2021.

Agora, com a saída confirmada novamente em decreto presidencial assinado por Trump na noite desta segunda, diante de milhares de apoiadores reunidos em um ginásio de Washington, os Estados Unidos se juntam a países como Irã, Líbia e Iêmen, os únicos fora do acordo de 2015.

O principal objetivo do tratado assinado durante a COP21, em Paris, é manter o aquecimento global do planeta bem abaixo de 2°C até o final do século e buscar esforços para limitar esse aumento até 1,5°C. Apesar da proposta, em 2024, pela primeira vez, a temperatura média global aumentou 1,6ºC em relação aos níveis pré-industriais.

Conhecido por defender o setor de combustíveis fósseis, que certamente despejou fortuna na campanha do republicano, Trump prometeu combater com firmeza as restrições ambientais, o que preocupa especialistas e ambientalistas.

Sob a condição de maior economia do planeta e segunda emissora de gases de efeito estufa, as decisões dos Estados Unidos terão impacto direto na luta global contra as mudanças climáticas, que já causa preocupações extremas.

Em um dos trechos do seu discurso populista e irresponsável, Donald Trump falou em “emergência energética nacional”. Em outras palavras, defendeu não apenas o aumento da exploração de petróleo e gás em território americano, mas vender energia a outros países, ou seja, incentivará outras nações ao uso de combustíveis fosseis, comprometendo sobremaneira a já delicada crise ambiental.

A fala de Trump é contraditória, pois tragédias climáticas como as registradas no Brasil, na Espanha e nos Estados Unidos, em especial na Califórnia, mostram o grau de devaneio do novo presidente americano.

Outra contradição no discurso de Donald Trump foi o combate à prioridade aos carros elétricos, um dos negócios do apasquinado Elon Musk, dono da Tesla e cotado para chefiar o Departamento de Eficiência Governamental.

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