Facínora, Netanyahu condiciona o fim da guerra em Gaza à implementação do plano criminoso de Trump

A maioria dos habitantes do planeta sabe que Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, é um genocida disposto a dizimar os palestinos da Faixa de Gaza. O objetivo da investida facinorosa é manter-se no poder e evitar condenação à prisão por corrupção, suborno, fraude e abuso da confiança pública.

Criminoso de guerra, Netanyahu condicionou o fim do genocídio condicionou na Faixa de Gaza à implementação do controverso plano de deslocamento forçado defendido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cujo governo é embalado pela esquizofrenia política.

Absurda, a proposta de Trump tem sido duramente criticada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e por grupos de direitos humanos, que apontam para inequívoco risco de limpeza étnica.

De acordo com o jornal The Times of Israel, Netanyahu disse estar pronto para encerrar a guerra “desde que condições claras garantam a segurança” de seu país. O líder israelense exigiu o retorno dos reféns ainda mantidos em Gaza, a rendição do grupo terrorista Hamas e o exílio de sua liderança, o desarmamento total no território palestino e a implementação do plano de Trump, que ele disse ser “correto e revolucionário”.

Foi a primeira vez que o governo israelense mencionou a proposta do irresponsável presidente estadunidense, como condição para encerrar o conflito. Em janeiro, Trump sugeriu a transferência da população da Faixa de Gaza para outros países árabes com o objetivo de “limpar a coisa toda” após mais de um ano de destruição na guerra entre Israel e Hamas.

Na última semana, o republicano voltou a manifestar o desejo de assumir o controle de Gaza. Em viagem ao Qatar, um dos países que trabalham pelo fim do conflito no enclave palestino, Trump afirmou que Washington “transformaria aquilo [Gaza] em uma zona de liberdade” e que “não há mais nada a ser salvo” no território palestino.

As denúncias de que o projeto, caso concretizado, desrespeitaria os princípios fundamentais do direito internacional e configuraria limpeza étnica não impediram, contudo, ministros israelenses de apoiar o plano. Agora, a proposta tem o endosso público de Netanyahu.

Nesta quarta-feira, Netanyahu afirmou que pedir o fim da guerra antes do cumprimento das exigências apresentadas por ele equivale a apoiar a permanência do Hamas no poder.

As declarações foram feitas em meio ao avanço das pressões sobre Netanyahu por conta do genocídio que há muito acontece na Faixa de Gaza. Nos últimos dias, vários países europeus, incluindo aliados históricos de Israel, questionaram a persistência do conflito e criticaram um bloqueio determinado por Tel Aviv à entrega de ajuda humanitária no território palestino, já devastado devido aos bombardeios incessantes.

O governo israelense disse na segunda-feira (19) ter autorizado entregas limitadas de ajuda à população de Gaza pela passagem de Kerem Shalom, no sul do território. De acordo com o Exército de Israel, cinco caminhões entraram no enclave na segunda-feira, mais 93, no dia seguinte. Contudo, até o começo da noite desta quarta-feira, os suprimentos não tinham sido distribuídos, de acordo com ONU.

Netanyahu faz exigências despropositais para o fim do conflito porque além de ter o apoio financeiro e militar dos Estados Unidos, aposta todas as fichas no despautério proposto por Trump, que, levado a cabo seu projeto de limpeza étnica na Faixa de Gaza, será considerado cúmplice de um criminoso de guerra.

Se você chegou até aqui é porque tem interesse em jornalismo profissional, responsável e independente. Assim é o jornalismo do UCHO.INFO, que nos últimos 20 anos teve participação importante em momentos decisivos do País. Não temos preferência política ou partidária, apenas um compromisso inviolável com a ética e a verdade dos fatos. Nossas análises políticas, que compõem as matérias jornalísticas, são balizadas e certeiras. Isso é fruto da experiência de décadas do nosso editor em jornalismo político e investigativo. Além disso, nosso time de articulistas é de primeiríssima qualidade. Para seguir adiante e continuar defendendo a democracia, os direitos do cidadão e ajudando o Brasil a mudar, o UCHO.INFO precisa da sua contribuição mensal. Desse modo conseguiremos manter a independência e melhorar cada vez mais a qualidade de um jornalismo que conquistou a confiança e o respeito de muitos. Clique e contribua agora através do PayPal. É rápido e seguro! Nós, do UCHO.INFO, agradecemos por seu apoio.