Estados Unidos matam 14 em novos ataques a barcos no Oceano Pacífico

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, afirmou nesta terça-feira (28) que as Forças Armadas americanas realizaram novos ataques contra embarcações que supostamente estariam transportando drogas no leste do Oceano Pacífico rumo ao território americano, matando 14 pessoas.

Em postagem no X, Hegseth afirmou que houve apenas um sobrevivente nas operações contra quatro barcos alvo dos ataques.

Na sequência, autoridades mexicanas coordenaram operações de resgate, escreveu o chefe do Pentágono.

Hegseth se referiu aos mortos como “narcoterroristas” e destacou que oito homens morreram durante o primeiro ataque, quatro homens no segundo e outros três durante o terceiro.

Todos os ataques ocorreram em águas internacionais e nenhum militar americano ficou ferido, afirmou.

Hegseth descreveu os ataques como uma ação de “defesa à pátria”, após os EUA passarem “mais de duas décadas defendendo outros países”.

Washington não apresenta provas

“Esses narcoterroristas mataram mais americanos do que a Al-Qaeda”, escreveu Hegseth, se referindo à organização terrorista islamista responsável pelos atentados de 11 de setembro de 2001, que mataram cerca de 3 mil pessoas nos EUA.

Não houve confirmação independente da identidade das pessoas supostamente mortas pelas forças americanas no Caribe e Pacífico.

Os ataques de militares americanos a embarcações supostamente ligadas ao tráfico de drogas já deixaram mais de 50 mortos desde o início de setembro.

Washington, no entanto, ainda não divulgou evidências de que esses barcos de fato eram usados para contrabandear drogas.

Especialistas em direitos humanos da ONU consideram os ataques como violações do direito internacional.

Bombardeiros próximos à Venezuela

As tensões entre os EUA e a Venezuela aumentaram nesta segunda-feira, quando dois bombardeiros americanos B-1B sobrevoaram o Caribe perto da costa da Venezuela, terceira demonstração de força desse tipo nas últimas semanas.

Dados do portal de rastreamento de voos Flightradar24 mostraram os dois bombardeiros – que haviam decolado de uma base no estado de Dakota do Norte, no norte dos EUA – voando paralelamente à costa venezuelana antes de desaparecerem de vista.

Missões anteriores incluíram a passagem de um B-1B na semana passada e um voo de um bombardeiro B-52 no início do mês, sinalizando a disposição de Washington de aumentar a pressão sobre o governo do presidente Maduro.

Maduro acusa EUA de “fabricar” guerra

Nos últimos dias, o Pentágono enviou o navio lançador de mísseis USS Gravely e o maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald R. Ford, ao mar do Caribe, em uma clara demonstração de força contra o regime de Maduro.

Washington rejeita as vitórias eleitorais do líder venezuelano em 2018 e 2024, que considera fraudulentas.

A Venezuela acusa os Estados Unidos de conspirarem para derrubar Maduro que, por sua vez, nega a acusação da Casa Branca de que seria o líder uma rede de narcotráfico, acusando Washington de “fabricar uma guerra” com fins políticos. (Com agências internacionais)

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