R$ 500 mil limpos – Ex-piloto da Fórmula 1, Nelson Piquet e o próprio filho, Nelsinho Piquet, teriam se envolvido em um escândalo de lavagem de dinheiro com a Federação Cearense de Automobilismo (FCA). Em investigação da Polícia Federal, ele teria participado do esquema que beneficiou alguns políticos do Norte e Nordeste do Brasil, além de outros dois pilotos.
A informação é da revista “Veja”, com base na “Operação Podium” da Polícia Federal. Nelson teria enviado R$ 2,7 milhões à federação cearense entre os anos de 2005 e 2008, e a FCA devolveu R$ 500 mil deles. Outros R$ 5,2 milhões foram enviados à conta de Nelsinho no exterior. À revista, Nelson admitiu ter utilizado o esquema em benefício próprio e do filho.
No dia 26 de novembro passado, o ucho.info noticiou que o superintendente da PF no Ceará, Aldair da Rocha, não revelou os nomes dos envolvidos acusados de movimentar ilegalmente R$ 50 milhões, sendo que R$ 15 milhões foram enviados para o exterior. O dinheiro seria proveniente do caixa de empresas cearenses, fluminenses e paulistas, de 2005 a 2008, “sob o falso pretexto de patrocínio ao ex-presidente da entidade recreativa, a qual era utilizada apenas como trampolim dos recursos, eis que os valores retornavam em benefício das empresas, para pagamento de propinas a agentes públicos ou evasão de divisas”, revelou o superintendente da Secretaria Regional da Receita Federal para Ceará, Piauí e Maranhão, Moacyr Mondardo Júnior.
Outros pilotos teriam participado do escândalo. Além deles, cinco secretários de governo do Ceará, além do assessor do governador do Amazonas, Omar Aziz, também se valeram do esquema. A Polícia Federal desconfiou da quantidade de dinheiro que vinha sendo movimentada pela FCA, muitas vezes maior que as outras federações estaduais de automobilismo do país.
