Eletivo grasso –
O ex-ministro do Trabalho e atual prefeito da cidade de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), está novamente no umbral da opinião pública. Marinho, que além de protagonizar a proporcionalmente mais cara campanha eleitoral do país, apadrinhou um grande contingente de amigos em cargos comissionados. Agora, enfrenta uma greve de 2.000 servidores da prefeitura. A paralisação sintetiza os primeiros seis meses de governo petista marcados pela falta de diálogo e precariedade nos serviços públicos. Desde que assumiu, o petista levou discórdia para o Legislativo e, nos bastidores, nem seus aliados o avaliam bem.
Reivindicando melhores salários, a manifestação ocorreu em frente ao Paço Municipal na última quarta-feira. Ao chegar, Marinho encontrou alguns funcionários na porta de entrada do Executivo e evitou contato com os trabalhadores, virou as costas e entrou no elevador que dá acesso ao 19º andar, onde fica seu gabinete.
A atitude põe em dúvida os anos de sindicância vividos pelo petista. Nos tempos de sindicância, Marinho ocupou a presidência do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC em 1996 a 2003, e comandou manifestações com certa intolerância e endurecimento nas negociações.