Governo Dilma: depois de mensaleiros e aloprado, agora o sanguessuga Humberto Costa

Discurso no lixo – Temendo torna-se presa fácil para o PMDB, a presidente Dilma Rousseff jogou no lixo o discurso de posse. No plenário da Câmara dos Deputados Dilma disse com todas as letras que no governo não compactuaria com o “compadrio”. Em seguida, Dilma afirmou que sob sua égide “não haverá compromisso com o erro, o desvio e o malfeito”.

Há quem diga que é preciso dar um voto de confiança a um político que acaba de assumir um mandato, mas àquela altura Dilma Rousseff já tinha mostrado a que veio. Logo após a confirmação de sua vitória nas urnas, Dilma tratou de escolher seus assessores, tarefa que lhe tomou tempo, tutano e paciência para aplacar o apetite por cargos. E nesse período ela tratou de dar ao PMDB muito menos do que foi pleiteado pela legenda. Sem escrúpulo algum, a presidente instalou na Casa Civil ninguém menos que Antônio Palocci Filho, que foi ejetado do governo Lula no rastro do escândalo de violação do sigilo bancário de Francenildo Costa, o caseiro Nildo.

Na sequência foram escolhidos Gilberto Carvalho, para a Secretaria-Geral da Presidência, e Miriam Belchior, para o Ministério do Planejamento. Para quem não se recorda, Gilberto Carvalho foi secretário municipal de Santo André, à época da administração de Celso Daniel, e Miriam Belchior, a namorada do prefeito assassinado. Em gravação feita pela polícia após a morte de Celso Daniel, o religioso Carvalho diz com tranquilidade e desfaçatez que Miriam vinha desempenhando bem o papel de viúva. Elogio bem recebido por Belchior.

Como se fosse pouco, a neopetista Dilma decidiu na última semana contemplar dois mensaleiros. Derrotados nas urnas, José Genoíno (PT-SP) foi guindado ao Ministério da Defesa, onde atuará como assessor especial do ministro Nelson Jobim, enquanto o também mensaleiro Paulo Rocha (PT-PA) deve ser confirmado em breve como sub-chefe de Assuntos Parlamentares no Ministério de Relações Institucionais. Deputado federal e candidato derrotado ao Senado, o petista Carlos Abicalil (MT) deve assumir cargo de confiança no Ministério da Educação. Abicalil foi acusado de envolvimento no caso que ficou nacionalmente conhecido como “Dossiê Cuiabá”, cojunto de documentos apócrifos que seria utilizado contra candidatos tucanos na eleição de 2006.

Mas enganam-se aqueles que pensam ter chegado ao fim a ousadia de Dilma Rousseff. Na tarde desta terça-feira (11), o senador eleito Humberto Costa (PT-PE) foi escolhido como líder da bancada do Partido dos Trabalhadores no Senado federal. Ex-ministro da Saúde, Costa foi apeado do primeiro governo do messiânico Lula após ser acusado de envolvimento no escândalo de corrupção que ficou conhecido como a “Máfia dos Sanguessugas”.

Resumindo, o que Dilma Rousseff diz, lê e escreve não combina com o que ela faz. Mas isso prova que a presidente dará mesmo continuidade ao governo bandalho de Luiz Inácio da Silva.