Pegando carona –
A morte do cantor Michael Jackson deu um refresco para a ditadura religiosa que cresceu no Irã depois da dúbia vitória de Mahmoud Ahmadinejad na corrida presidencial de 12 de junho passado. Até o anúncio da morte do astro pop, o mundo virtual – leia-se Twitter, Facebook, Orkut e outras ferramentas cibernéticas – dava suporte à chamada revolução verde, que tem como líder o candidato oposicionista Mir Hussein Moussavi.
A responsabilidade da imprensa em qualquer parte do planeta é não apenas noticiar os fatos do cotidiano, mas ser um dos sustentáculos da democracia. Abrir espaço para as notícias sobre a morte de Michael Jackson garante financeiramente outras incursões midiáticas, mas o povo iraniano não pode esperar.