A hora é agora – O Brasil foi tomado nos últimos dias por mais um desmando que traz a marca da nada reluzente estrela do PT. A aprovação pelo então ministro Juca Ferreira, da Cultura, de um projeto da cantora Maria Bethânia, que pretende captar, com base na Lei Rouanet, patrocínio para a feitura de um sítio eletrônico dedicado a poesias. Como noticiou a imprensa nacional, com o devido e necessário alarde, o departamento técnico do Ministério da Cultura vetou o projeto da cantora baiana, mas seu conterrâneo resolveu se valer do peso de sua caneta ministerial e atendeu ao pleito de Maria Bethânia. O Brasil, é verdade, precisa de projetos que disseminem a cultura, mas antes de qualquer ação nesse sentido é importante restabelecer a moralidade na coisa pública.
Diante do escândalo, a assessoria da ministra Ana de Hollanda, atual responsável pela pasta da Cultura, informou ao ucho.info, por meio de nota, que o projeto de Maria Bethânia foi aprovado dentro dos parâmetros técnicos e legais. Na sequência, como forma de novamente abafar o caso, o Ministério informou que durante análise técnica o projeto teve o seu orçamento reduzido de R$ 1,8 milhão para R$ 1,35 milhão.
É importante lembrar que nesse caso não houve qualquer desencaixe de dinheiro público, mas o Ministério da Cultura não adota a isonomia ao analisar os projetos que buscam patrocínios com base na Lei Rouanet. Ou seja, nos bastidores ministeriais alguns são muito mais iguais que a maioria.
Considerando que a mãe de Maria Bethânia, a respeitável Dona Canô, apoiou declaradamente a campanha da neopetista Dilma Rousseff, não sem antes desautorizar o filho Caetano Veloso, entusiasta da candidatura de Marina Silva, o mimo concedido à cantora nascida em Santo Amaro da Purificação era uma questão de tempo. E não demorou muito para acontecer.
