Festa na Cultura – O Ministério do Planejamento informou há pouco que houve redução de 58% no desembolso de pagamentos de passagens e diárias para servidores públicos federais no mês de março. A redução dos gastos seria consequência do decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff, com o objetivo de reduzir os gastos públicos. O valor total poderia chegar a R$ 50 bilhões nas contas governamentais, mas a oposição refez os cálculos, pois boa parte desses valores seriam meramente contábeis.
O corte nas despesas atingiu especialmente as emendas parlamentares, inclusive valores já empenhados para obras concluídas ou em fase de conclusão. No Congresso Nacional calcula-se que a supressão dos empenhos poderá provocar o maior calote oficial dos últimos tempos.
Na Polícia Federal, os cortes teriam significado 35% do previsto no orçamento, limitando o deslocamento de policiais em operações. Conforme portaria assinada pelo ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), os gastos com “diárias, passagens e locomoção” a partir do Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades da PF estão limitados a R$ 58 milhões em 2011. No ano passado, foram gastos R$ 89,8 milhões do fundo para custear diárias, segundo o jornal “Folha de S. Paulo”.
Desde 1º de março, segundo informou a assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento, os gastos com as despesas operacionais dos servidores caíram de R$ R$ 72,93 milhões para R$ 30,43 milhões. Já as despesas com passagens, neste mesmo intervalo, diminuíram 18%, saindo de R$ 41,91 milhões para R$ 34,19 milhões.
Quase na mesma hora do informe do Planejamento, o Ministério da Cultura divulgou que terminará o mês de abril quitando R$ 150 milhões em pagamentos atrasados de anos anteriores a 2011, os chamados restos a pagar. Foi solicitada à Secretaria do Tesouro Nacional a antecipação de recursos financeiros da ordem de R$ 60 milhões. O montante se junta a outros R$ 90 milhões já utilizados pelo ministério para saldar pagamentos, totalizando, até o fim deste mês, R$ 150 milhões.