Cortina de fumaça – A anunciada morte de Osama Bin Laden, até então o terrorista mais procurado da última década, começa a ganhar contornos de suspeição. A primeira grande dúvida está no fato de o saudita ter vivido durante anos em uma mansão localizada a poucos metros da principal academia militar paquistanesa. O presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, negou que o governo soubesse do esconderijo de Bin Laden, mas suas declarações nada convincentes colocam sob suspeita a eventual cooperação do país com o serviço de inteligência norte-americano.
Outro assunto polêmico que ronda a eventual morte de Osama Bin Laden é que, contrariando alguns religiosos do Islã, o corpo do número um da Al-Qaeda foi lançado ao mar, depois de, segundo informações da Casa Branca, respeitados os costumes muçulmanos. Na verdade, Bin Laden é oriundo de um grupo sunita da Arábia Saudita que é contra mausoléus fúnebres e adoração, o que não significa que o corpo do terrorista não pudesse ser depositado em sepultura sem identificação.
Mas o ponto mais obscuro dessa operação que ainda é comemorada nos Estados Unidos está nos exames de DNA realizados pelos agentes ianques que participaram da operação militar que teria culminado com a morte de Osama Bin Laden. Considerando que de fato o tal exame de identificação genética tenha sido realizado, é preciso saber com quais dados o DNA de Bin Laden será comparado. Como o corpo do chefão da Al-Qaeda agora jaz no fundo do mar, qualquer exame de contraprova torna-se impossível.
O governo dos Estados Unidos tinha tudo para escrever o epílogo da caçada a Osama Bin Laden, mas preferiu transformar em factóide o que poderia ser uma incontestável verdade. É importante salientar que um assunto muito menos polêmico, a certidão de nascimento do presidente Barack Obama, que precisou provar à opinião públcia ser ele um estadunidense, demorou três anos para acontecer.