Fiasco anunciado – Por ocasião da escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014, o então presidente Luiz Inácio da Silva, que na Suíça destilou o seu messianismo barato e mentiroso, disse que o País realizaria o melhor evento futebolístico da história. Desde então, o ucho.info vem insistindo na tese de que o Brasil não teve, como não tão cedo terá, condições para sediar um evento de tamanha magnitude e importância.
As mazelas verde-louras não se concentram apenas nos aeroportos, assunto que preocupa o secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, mas também e principalmente na falta de infraestrutura nas cidades que receberão jogos da Copa. De falta de saneamento básico a sérios problemas no transporte público, passando por atraso nas obras dos estádios e caos no trânsito, tudo conspira contra o sucesso do Brasil na realização do mais badalado certame do futebol mundial.
Outro quesito que deve preocupar os organizadores da Copa, mas que até agora não entrou no cardápio principal de discussões, é a segurança pública. Em São Paulo, maior cidade brasileira e capital da mais rica e importante unidade da federação, a primeira partida da final do Campeonato Paulista mostrou que em questões de segurança pública o País é carente de condições de abrigar qualquer evento esportivo de maior porte e importância.
No Estádio Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, os arquirrivais Santos e Corinthians protagonizaram o duelo inicial da decisão do Paulistão, mas foi fora das quatro linhas que a partida chamou a atenção. Para chegar à praça esportiva localizada no elegante bairro do Pacaembu, o pai do atacante santista Neymar precisou de carro blindado com vidros escuros e mais quatro seguranças. Primeira-dama do estado de São Paulo, Lu Alckmin, torcedora do alvinegro praiano, também chegou ao estádio acompanhada por seguranças de todos os lados. Mandante do jogo, o Corinthians reforçou a segurança na parte externa do Estádio Paulo Machado de Carvalho, pois o ex-jogador Ronaldo Nazário prometera assistir à partida ao lado da cartolagem do Timão.
Seguranças à parte, o primeiro tempo da partida não tinha alcançado os trinta minutos de jogo quando dois artefatos explosivos foram detonados, o que causou tumulto no Tobogã, parte do estádio que décadas atrás substituiu a lendária concha acústica.
Não é difícil imaginar o que poderá acontecer durante os jogos da Copa de 2014 se a fiscalização nos estádios permanecer rígida como agora. E mais uma vez as profecias boquirrotas de Lula da Silva caem na vala da mentira.