Pé no freio – No momento em que a crise financeira internacional começou a acenar para o Brasil, o então presidente Luiz Inácio da Silva ocupou os meios de comunicação para pedir aos brasileiros que o consumo interno fosse mantido em níveis elevados, como forma de minimizar as consequências do movimento que Lula chamou de “marolinha”. Na ocasião, os jornalistas do ucho.info alertaram não apenas para o perigo do consumo descontrolado, mas também e principalmente para o grau de endividamento das famílias, que no ápice da crise atingiu níveis recordes.
Passados três anos daquele infame e irresponsável pedido de Lula, as autoridades econômicas do governo federal decidiram criar novas regras para a utilização dos cartões de crédito, que entram em vigor na próxima quarta-feira, 1º de junho. De acordo com o que determinou o Banco Central, os usuários de cartão de crédito serão obrigados a pagar pelo menos 15% do saldo devedor, o que em tese reduz o consumo porque tira o dinheiro de circulação. Até agora, o cliente estava habilitado a pagar pelo menos 10% do saldo devedor. Em 1º de dezembro próximo, o valor mínimo para pagamento da fatura será de 20% do total da dívida.
As novas regras valem apenas para os cartões de crédito emitidos após 1º de junho. Os clientes que já possuem o chamado “dinheiro de plástico” estarão sujeitos às determinações do BC a partir de junho de 2012.
Esse movimento deixa evidente que, diferentemente do que disse Lula da Silva, que nos acusou de torcer contra o Brasil, o endividamento das famílias brasileiras, que se deu no rastro do crédito fácil, acabou provocando muito mais problemas do que oferecendo soluções. Como disse certa feita um conhecido e sempre ébrio filósofo de botequim, “nunca antes na história deste país”.
