Ladeira abaixo – No encerramento dos negócios financeiros desta quinta-feira (30), a moeda norte-americana foi vendida a R$ 1,562, a menor cotação desde 1º de agosto de 2008, quando fechou valendo R$ 1,516, de acordo com informações do Banco Central.
Esse novo recuo, o quarto seguido, de 0,63%, complica ainda mais a situação das exportações brasileiras, pois a supervalorização do Real faz com que os preços dos produtos verde-louros percam a competitividade no mercado internacional. Fora isso, a indústria nacional vem enfrentando sérias dificuldades por conta dos produtos importados, em especial os fabricados na China, onde a falta de legislação trabalhista faz com que a carga tributária seja menor.
Quando ainda estava no poder, o então presidente Luiz Inácio da Silva, em uma de suas estapafúrdias declarações, disse considerar a China uma economia de mercado. Na terça-feira (28), a presidente Dilma Rousseff sugeriu aos mandatários dos países integrantes do Mercosul a criação de barreiras protecionistas como forma de impedir a avalanche de produtos importados na região, a começar pelos chineses.
A desvalorização do dólar mostra que é irresponsável o discurso do ministro Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, sobre a fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour. Ao defender a participação do BNDES na nova empresa a ser criada, Pimentel disse que será uma oportunidade para se colocar produtos brasileiros no mercado internacional. O ministro por certo não considerou a cotação do dólar, não sem antes deixar de lado o fato de o governo da França dificultar a entrada de produtos estrangeiros no país, algo que o Brasil vem tentando há anos.