Fora do script – Quando as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo disputavam o direito de abrigar a sede temporária da FIFA durante a Copa de 2014, o prefeito carioca Eduardo Paes (PMDB), que reforçou sua fanfarrice com um convívio mais próximo com o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) e com o então presidente Luiz Inácio da Silva, insinuou, em tom de galhofa, que a vitória da capital fluminense era incontestável. “Chinelada na paulistada. É humilhante… Mostro a vista e mostro um negócio desses. Vai levar o que pra São Paulo?”, disse Paes.
Primeiramente é preciso lembrar ao prefeito Eduardo Paes que a maior cidade brasileira, São Paulo, ainda agradece pelo fato de o Rio ter sido escolhido para ser a sede temporária da FIFA. Na verdade, a capital dos paulistas não precisa nem mesmo dos jogos da Copa para continuar existindo ou conseguir algum tipo de espaço extra na mídia. Fora isso, a realização de alguns jogos do mais badalado certame futebolístico do planeta só complicará o cotidiano da Pauliceia Desvairada.
Deixando de lado os problemas que o gigantismo de São Paulo proporciona diariamente aos seus moradores, é importante destacar que os últimos acontecimentos no Rio de Janeiro têm sido uma verdadeira chinelada no gazeteiro Eduardo Paes. Como se sabe, nas últimas semanas bueiros têm explodido a esmo em vários pontos do Rio, deixando feridos. Fora isso, na manhã desta segunda-feira (18) um grupo armado assaltou um hotel de luxo fincado no elegante, bucólico e tranquilo bairro de Santa Teresa, no centro do Rio. A ação criminosa mostra que o a pacificação da região central carioca é mera figura de retórica, sempre acionada pelo governador Sérgio Cabral por ocasião de seus discursos ufanistas e inócuos.
De tal modo, resta torcer para que o prefeito Eduardo Paes seja alvo de uma lufada de humildade e consiga convergir seu olhar obtuso para os problemas daquela que um dia foi a Cidade Maravilhosa.