Ladeira abaixo – Como era de se esperar, os discursos de autoridades do governo brasileiro em relação à crise são dispares. Até mesmo quem fez uma afirmação semanas atrás acabou se desdizendo nas últimas horas. Dilma Vana Rousseff, a neopetista que foi guindada à Presidência da República porque o povo acreditou serem verdadeiras as profecias de Luiz Inácio da Silva, já admite que a crise deflagrada pela instabilidade econômica que reina na Europa e nos Estados Unidos em breve aterrissará no Brasil.
Em tom menos incisivo do usado por Lula, por ocasião da crise de 2008, a tal da marolinha, Dilma Rousseff pediu aos brasileiros para que o consumo seja mantido com moderação. Em outras palavras, a presidente disse uma coisa, esperando que aconteça exatamente o contrário, pois a economia nacional depende em mais de 70% do consumo interno.
Se por um lado as reservas brasileiras serão corroídas pelos efeitos da crise, a balança comercial do País merece atenção. Na turbulenta segunda-feira (8), quando o mercado financeiro global viveu momentos de precipício, os preços de muitas commodities despencaram nas Bolsas de Chicago e Nova York. Aqui no Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo encerrou os negócios do primeiro dia da semana com queda de 8,08%, o que levou os executivos da Bovespa a pensarem em acionar o chamado “circuit breaker”.
A contaminação do mercado de ações no Brasil mostrou que nem sempre o que diz o chefe do Executivo federal deve ser levado a sério. Dilma, em discurso no Palácio do Planalto, disse que a crise atual decorre de uma política fiscal equivocada por parte do governo norte-americano, como se no Brasil estivesse tudo dentro dos conformes. Com a acentuada queda da Bovespa, os investidores migraram para os títulos do governo dos Estados Unidos, cuja dívida foi rebaixada pela agência Standard & Poors de “AAA” para “AA+”.
Resumindo, há muitas surpresas pela frente e é bom os palacianos tomarem maior cuidado com suas profecias mambembes, pois o nosso Messias tupiniquim agora se transformou em consultor-geral do planeta.