Pontos de vista – “Transgênicos para quem? Agricultura, Ciência, Sociedade” é título de um livro que será lançado na Universidade Federal de Santa Catarina no dia 1° setembro. A obra foi organizada pelo Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural (NEAD) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
O professor do Departamento de Fitotecnia da UFSC, Rubens Onofre Nodari, pesquisador de transgênicos há mais de 20 anos, é autor de um dos artigos da publicação organizada pela brasileira Magda Zanoni e pelo francês Gilles Ferment.
A apresentação em Santa Catarina será realizada a partir de 18h30min, no auditório do Centro de Ciências Jurídicas da UFSC, seguida de debate. Participarão Gilles Ferment (autor/ organizador do livro); Guilherme Abrahão (coordenador do Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário); Rubens Nodari (representante da Universidade Federal de Santa Catarina) e Leonardo Melgarejo (autor e membro da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio), além de um representante do Terceiro Setor.
Em 33 artigos a publicação reúne trabalhos de referência no debate europeu e brasileiro, oferecendo diversidade de análises e de pontos de vista de atores sociais: agricultores familiares, cientistas internacional e nacionalmente reconhecidos, estudantes, associações, cooperados e ativistas.
Em um enfoque multidisciplinar o livro contempla as dimensões agronômica, ecológica, cultural, social e política, fundamentais para uma leitura ampla sobre os transgênicos. Lançada em março na França, na Assembléia Nacional de Paris, está também sendo apresentada em diferentes capitais brasileiras.
“O objetivo do livro é trazer uma reflexão sobre a anunciada capacidade dos transgênicos de resolver as dificuldades atuais e futuras com as quais nossas sociedades e, particularmente, os agricultores familiares e camponeses do mundo estão confrontados”, escrevem na introdução Magda Zanoni e Gilles Ferment.
Os organizadores destacam que o livro integra pontos de vista de pesquisadores que por meio da participação e vivência em comissões nacionais de engenharia genética (na França) e em comissões técnicas nacionais de biossegurança (no Brasil) não tiveram o poder de expressar sua oposição e tampouco interromper (em razão do voto sempre minoritário) as liberações comerciais de sementes transgênicas solicitadas pelas empresas multinacionais.
Tudo isso embora a avaliação do risco e o respeito ao Princípio da Precaução fossem determinados no Brasil pelas leis nacionais (Lei de Biossegurança) e internacionais (Protocolo de Cartagena). As informações são da Agência de Comunicação da UFSC.