Acusado de superfaturamento de obras na capital paulista, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e outro crimes, Paulo Maluf continua sem poder viajar aos Estados Unidos, onde o promotor de Manhattan, Robert Morgenthau, não vê a hora de mandar o parlamentar brasileiro para a cadeia. Arrogante, mas dependente de um mandato eletivo para manter o foro privilegiado, Maluf continua abusando das bazófias de outrora, como se a opinião pública já não recordasse de seus intermináveis imbróglios.
É no mínimo um acinte alguém como Maluf sugerir o fim das “bandalheiras”, como se ele [Maluf] fosse uma espécie de oráculo do Senhor. Atualmente inexpressivo como político, Paulo Maluf, que já foi governador, vem optando por cartadas pouco ortodoxas, para não dizer suicidas, como forma de manter-se em evidência dentro do Partido Progressista, legenda que ele ainda acredita dominar na terra dos bandeirantes. Recentemente, Maluf apoiou a intifada que culminou com a queda do então líder do PP na Câmara dos Deputados, Nelson Meurer (PP-PR).
Nessa empreitada o folclórico Paulo Salim Maluf rezou pela cartilha dos senadores Ciro Nogueira (PP-PI) – ele quer o cargo do ministro Mário Negromonte – e Benedito de Lira (PP-AL) e do deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), também conhecido nas coxias da política como Dudu “Globetrotter”. E Maluf teve como parceiro o ex-governador de Santa Catarina, Esperidião Amin. Quando dois ex-governadores se prestam a esse tipo de expediente, é porque está na hora de vestir o pijama e ficar em casa.