Bancários em greve podem aceitar propostas dos bancos e decidir nesta segunda-feira volta ao trabalho

Assembleias gerais – Os sindicatos de bancários de todo o País realizarão assembleias nesta segunda-feira (a maioria acontecerá no início da noite) para discutir e votar as novas propostas apresentadas na última sexta-feira durante a sétima rodada de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em São Paulo. São 483 mil bancários que estão parados – a mais longa da categoria desde 2004, quando a paralisação durou trinta dias.

A proposta prevê reajuste de 9% dos salários (5% de aumento real, além de outras melhorias financeiras) a partir de 1º de setembro de 2011. Além disso, o piso salarial para bancários que exercem função de caixa passa para R$ 1,9 mil, para jornadas de seis horas, e piso de escriturários, para R$ 1,4 mil. Ficou acertado ainda uma elevação do percentual para o cálculo da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

A presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, explicou que além de concordar em não descontar os dias parados, os representantes dos banqueiros assumiram o compromisso informal de ampliar o número de vagas nas agências. “No caso da Caixa Econômica Federal [CEF], tivemos a garantia de 5 mil novas contrações”. A dirigente sindical vai defender a aprovação da proposta patronal, de acordo com as agências noticiosas.

Também serão debatidas as propostas específicas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. A orientação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), é de aceitação das três propostas, com a suspensão da greve e volta ao trabalho a partir de terça-feira, informou o site do “Jornal do Brasil”.

“As novas propostas são resultado de um intenso processo de mobilização e negociação, que é o caminho que sempre defendemos, sem interferência de atores externos, para que os trabalhadores possam consolidar e avançara nas suas conquistas”, afirmou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

O diretor de Relações do Trabalho da Fenaban, Magnus Apostólico, também ressaltou a dificuldade do processo. “Este foi um processo de negociação bastante longo, mas que finalmente levou a um acordo entre as partes, construído na mesa de negociação.”