Padrinho Lula – O depoimento do ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., começou há pouco na Câmara dos Deputados. Chamados às pressas para defender o ministro, amigos e aliados disseram que Orlando Silva está sendo “tristemente acusado”. Mesmo com essa defesa de encomenda, a situação política e moral do baiano que ainda integra a equipe ministerial é tão sólida quanto jaca madura em dia de ventania. O ministro, que agradeceu aos líderes do governo e citou especificamente o petista Cândido Vaccarezza (SP), negou, como já fizera anteriormente em entrevista à imprensa, participação nas supostas irregularidades.
Contundo, já há quem conte as horas que faltam para que Orlando Silva seja defenestrado do primeiro escalão do governo de Dilma Vana Rousseff, eleita com a varinha de condão de Luiz Inácio da Silva, patrão maior de Orlando Silva Jr., que não faz muito tempo usou o cartão corporativo para pagar comprar uma tapioca e pagar as despesas de hospedagem da própria família em um hotel de luxo no Rio de Janeiro.
Um dos principais líderes de legenda bem alinhada com o governo revelou, sob a condição de anonimato, que “até dinheiro sujo foi depositado na conta do Orlando Silva, ou seja a bandalheira tem CPF, tem DNA , tem linha direta com a corrupção e ele ( o ministro dos Esportes) está numa situação insustentável”.
Para esse líder, o ministro liquidou-se politicamente na Bahia e no resto do País: “Mexeu com esporte, com futebol, comprou terreno em área que a Petrobrás terá de desapropriar no duto que passará pelo Itaquerão…, comprou tapioca com cartão do governo na era Lula e ainda é acusado por um policial militar de pegar dinheiro de propina na garagem do ministério. Esse depoimento dele, hoje na Câmara vai arrastá-lo para fora desse governo”.
Outro anônimo, que também resolveu soltar o verbo, é amigo particular do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e já chefiou a delegação brasileira em Copa do Mundo: “Vai acabar sobrando para muita gente, do meu amigo Ricardo Teixeira ao ex-presidente Lula, mas o importante agora é evitar uma CPI”, como se advogado do Palácio do Planalto fosse. Sem pedir anonimato, o líder do recém criado PSD, Guilherme Campos (SP), resumiu o seu estarrecimento com a situação do ministro do Esporte: “Isso tudo me assusta, isso tudo me assusta, é o mesmo que cueca no batom (melhor seria batom na cueca)”. Com informações do repórter Carlos Augusto.