Dona de personalidade forte, Maria de Fátima Carneiro de Mendonça, ou simples e popularmente Fátima Mendonça, se rendeu às perguntas da colunista social Alexandra Isensee. Ao Bahia Notícias, a primeira-dama abriu o coração ao falar do marido, o governador Jaques Wagner. No comando das Voluntárias Sociais da Bahia (VSBA) desde janeiro de 2007, ela é admirada pela extensa maioria da população carente da Bahia de Todos os Santos.
Baiana da capital e filiada ao Partido Verde, Fátima Mendonça formou-se em Enfermagem na Universidade Católica de Salvador. Ao jornalista Bob Fernandes, do “Terra Magazine”, a primeira-dama afirmou que só não disputa a prefeitura da capital porque talvez lhe falte estômago. E não demorou muito para citar os conhecidos “esquemas” que pululam na política. Confira abaixo a entrevista concedida pela franca primeira-dama da Bahia a Alexandra Isensee.
Será que com a programação oficial de governador e primeira-dama, vocês têm tempo ainda de sair a dois para tomar uma taça de vinho ou um chope em um acolhedor barzinho?
Infelizmente o cargo de governador não permite que nós tenhamos uma vida normal, de ir a barzinhos, cinemas, passear, como antes fazíamos. Por questões de segurança, precisamos sair sempre acompanhados de seguranças, o que tira a liberdade de fazer essas coisas tão simples e que dão tanto prazer. Mas essas privações terminam valendo a pena, uma vez que foi escolha de Jaques Wagner ser governador, sacrificar aspectos da vida pessoal, em nome do social, e eu como primeira-dama também estou envolvida.
Você influencia nas tomadas de decisões políticas do governador?
O governador é um homem que tem suas convicções, mas gosta de discutir com seus colaboradores. Como bom democrata que é, ele sempre faz isso, e eu, como mulher e presidente das Voluntárias Sociais da Bahia, sempre estou conversando com ele a respeito dos assuntos que dizem respeito aos interesses sociais.
É verdade que você só entraria na política se fosse para ser vice de Lídice da Mata como prefeita?
Acho Lídice da Mata uma mulher extraordinária, do tipo que qualquer pessoa gostaria de ter como companheira de ações sociais.
E sua relação com o PT, já que você é filiada com o PV?
Não tenho nenhuma relação conflituosa com o Partido dos Trabalhadores, nem poderia ter, já que o governador pertence ao PT e, como primeira-dama, tenho que ser uma colaboradora do governo, e não adversária. Se queremos construir uma Bahia forte, precisamos, acima de tudo, colocar os interesses coletivos em primeiro plano.
Qual nota você daria ao governo Wagner e ao seu secretariado? Mesmo que fosse de leve, para você teria alguma mudança?
Pelos avanços que a Bahia conseguiu desde que Wagner assumiu como governador, penso que uma nota máxima sem dúvida é merecida. Mas, mais importante que qualquer nota minha, foi a aprovação que o governador recebeu do povo, elegendo-o com uma votação que fala por si mesma. Quanto ao secretariado, acho que é formado por pessoas competentes e esforçadas, completamente envolvidas com o projeto de governo de Wagner.
O governador Wagner já é vovô. Você é solidária e cumpre o papel de avó, mesmo não sendo?
Claro! Adoro! Julia me chama de Vavá e eu amo, pois define bem quem eu sou e sua personalidade. José ainda tem apenas três meses e o de Mônica está ainda na barriga. Vou amá-los sempre!
Qual o perfume que o governador usa? E a senhora?
Na verdade ele não usa um perfume específico, usa de acordo com a vontade e o momento. Assim como eu também.
E qual é o cheiro de Jaques Wagner? Como a senhora definiria?
O cheiro do homem que me ama! E que eu amo.
A senhora tem ciúme do governador? As mulheres dão muito em cima dele? Lembre de alguma situação curiosa relacionada a isso…
Não costumo confundir o assédio que é normal no caso de um homem público, como é o governador, com outro tipo de assédio. Até porque eu sei o que ele representa e como as pessoas gostam dele. Penso que mesmo sendo um homem bonito, o que termina atraindo as mulheres, mas acho que todos já constataram que ele e eu formamos um casal de verdade! Sem espaço…
O casal costuma ter DRs (discussão de relacionamento)?
Como todo casal, sempre conversamos e falamos sobre coisas da vida pessoal e de assuntos que interessam aos dois.
O que você vai fazer quando o governador Wagner deixar a política da Bahia? Já tem algum plano?
Por enquanto, não penso no depois. Aprendi a ver que o aqui e agora é muito mais importante que qualquer plano futuro. E o tempo presente nos envolve de forma tão intensa que o depois fica para quando tivermos cumprido todas as nossas metas atuais.
Você que estudou, residiu por muitos anos fora da Bahia, deve ter deixado muitos colegas e amigos. Como tem sido sua relação com eles no atual momento de sua vida?
Infelizmente os compromissos e as responsabilidades tomam muito tempo e precisamos nos envolver com todo o gás, e termina não sobrando o tempo que gostaríamos de dispor para bater um papo com os amigos. Mas o importante é que não esquecemos dessa necessidade e sempre que dá nos falamos por telefone e nos encontros esporádicos.