Promessas de sobra – O novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, em entrevista coletiva antes de tomar posse afirmou, nesta quinta-feira (27), que não mais realizará convênios com Organizações Não Governamentais (ONGs) Até aí, o ex-ministro Orlando Silva também enfatizou em ao menos três entrevistas que haveria uma paulatina operação para encerrar os contratos já existentes no mesmo diapasão. “Como ministro, no ministério, não pretendo fazer convênios com ONGs”, disse Rebelo.
Uma das expectativas era a reformulação da equipe ministerial. Mas, abusando da capacidade política, Rebelo poupou servidores de cargos de confiança, mas é certo que terá de cortar na carne. “A mudança não significa a condenação de ninguém. As investigações terão curso com o apoio e ajuda do ministério”, ressaltou ele. O temor é que seja uma branda investigação com o tal “apoio e ajuda” do órgão a ser vasculhado em busca de agentes corruptos.
Aldo Rebelo aproveitou a oportunidade para rechaçar denúncias publicadas nesta quinta-feira (27), no jornal “O Estado de S. Paulo”. Segundo a reportagem, ele teria recebido doações para campanha de deputado de empresas que patrocinam a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ao afirmar que não se lembra de todas as doações que recebeu, simultaneamente fez questão de enfatizar que isso em nada alterará seu desempenho na pasta. Bradando que tem autonomia. “Não atingirá e não atingiu minha independência”.
Quanto à postura perante a FIFA, Aldo fez questão de demonstrar que terá maior energia, algo que não foi observado no ex-ministro. Ou seja, um tanto quanto submissa, segundo alguns comentaristas esportivos por parte de Orlando Silva. O novo ministro prometeu que se empenhará nas tratativas da organização da Copa do Mundo de 2014. Além disso, também envidará esforços para que a Lei Geral da Copa e outros projetos de interesse do governo em relação ao evento e às Olimpíadas sejam aprovadas.
O ministro assinalou que defenderá a meia-entrada para estudantes nos jogos da Copa do Mundo. Diga-se de passagem, que a União Nacional dos Estudantes divulgou que pretende negociar quotas, incrivelmente cedendo em seus direitos adquiridos para a satisfação dos pretensiosos dirigentes da FIFA. “Eu fui presidente da UNE, fui líder estudantil e uma das bandeiras sempre foi a defesa da meia-entrada. E esse é um direito que consta da legislação brasileira”, disse, sério, Rabelo. E não deixou de frisar que estará sempre ao lado dos interesses do governo.