Economias dos brasileiros vão para o pagamento de dívidas e poupança registra queda na captação

Marcha à ré – Quando, no final de 2008, Luiz Inácio da Silva pediu aos brasileiros para manterem em níveis elevados o consumo, como forma de minimizar os efeitos da crise financeira decorrente do “sub prime” norte-americano, o ucho.info alertou para alguns perigos, entre eles o endividamento recorde e a escalada da inadimplência. À época, o messiânico Lula disse que os críticos torciam contra o Brasil. E nesse rol este noticioso foi incluído, pois ao então presidente interessava apenas a manutenção de sua popularidade.

Esse cenário de irresponsabilidade oficial foi confirmado em 2011, quando os brasileiros destinaram parte do décimo terceiro salário para a quitação de dívidas contraídas no vácuo do apelo de Lula. Nos últimos meses do ano que terminou recentemente, R$ 35 bilhões dos R$ 118 bilhões do chamado abono de Natal foi utilizado na quitação de dívidas atrasadas.

Agora, com o ano novo ainda engatinhando, um novo dado volta a preocupar. No acumulado de 2011, os depósitos da caderneta de poupança superaram as retiradas em R$ 14,18 bilhões, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (5) pelo Banco Central. Na comparação com 2010, quando houve o ingresso recorde de R$ 38,68 bilhões na poupança, a queda foi de 63,3%, de acordo com informações do BC.

Isso mostra que mais uma vez o brasileiro deixou de poupar para honrar financiamentos advindos do consumismo irresponsável e quitar dívidas passadas e vencidas. Mesmo diante de um quadro de preocupação, o governo da presidente Dilma Vana Rousseff continua apostando no consumo interno como antídoto contra a crise que chacoalha a Europa e já começa a causar estragos em diversas economias ao redor do planeta.