Veneno caseiro – Há muito sem conquistar títulos, mas esboçando reação no Campeonato Paulista, o Palmeiras continua na sua cruzada para contratar o meio-campista Wesley, que ainda é jogador do Werder Bremen, da Alemanha.
Enquanto treina no Palestra Itália sem poder jogar, a diretoria alviverde aposta suas fichas no projeto de “crowdfunding” (financiamento de segmento da sociedade) criado para contratar o atleta, operação que custará ao clube R$ 21,5 milhões. A iniciativa palmeirense arrecadou até o momento pouco mais de R$ 500 mil, valor insuficiente para fechar o negócio. Diante da dificuldade do Palmeiras, um site de relacionamentos extraconjugais ofereceu à diretoria do clube R$ 4 milhões, o que permitiria o pagamento da primeira parcela (R$ 4,5 milhões) da transação. Como contrapartida, a empresa que administra o tal site de traições propôs que Wesley usasse uma faixa na cabeça com uma logomarca e um slogan.
O presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone, recusou a proposta, temendo a repercussão do negócio. O representante da empresa, Eduardo Borges, disse que a proposta é inicial e que não desistirá do objetivo. “Podemos afirmar que esta não é a nossa proposta final. Se a recusa se confirmar, tentaremos prosseguir as negociações e vamos insistir. O Palmeiras precisa do dinheiro, já que a ‘vaquinha’ não vai bem”, informou Borges, que em tentativas semelhantes amealhou recusas do Corinthians, São Paulo e Flamengo.
O problema do perfil do patrocinador em nada interfere na imagem do Palmeiras, como sugerem alguns falsos moralistas. A questão da traição não depende de um site proporcionar encontros extraconjugais, mas, sim, daqueles que são adeptos desse tipo de comportamento. Na verdade, na traição o primeiro e maior traído é o traidor.
Enquanto o desdenha a proposta, nos bastidores do futebol comenta-se que um cartola do clube, com graduado posto na hierarquia alviverde, traiu a esposa com a mulher de um amigo de infância. Inicialmente o quarteto ficou sabendo do episódio, até que o assunto alcançou as rodas de amigos, onde o cartola passou a enfrentar algumas retaliações.
Há dias, conversando com o ucho.info, um dirigente do Palmeiras disse que se a proposta de patrocínio do tal site fosse concretizada, o assunto da traição poderia retornar à baila. É o que se pode chamar de ironia do destino.