Marcha lenta – Em questão de ordem, o deputado federal Onyx Lorenzoni (Democratas-RS) cobrou maior rapidez no envio de sigilos bancários à CPMI do Cachoeira. “Há um volume importante de operações de contas do banco HSBC da empresa Delta e do esquema criminoso e os sigilos ainda não chegaram à CPMI”, protestou Lorenzoni. O democrata gaúcho solicitou interferência da presidência da Comissão junto ao Banco Central para que os documentos cheguem com maior celeridade.
O deputado também solicitou o auxílio de técnicos do Banco Central, já, à disposição da CPMI segundo presidente Vital do Rêgo, para a interpretação da infinidade de dados bancário que estão sendo encaminhados à comissão.
Depoimentos
Sobre a condução dos depoimentos, Lorenzoni sugere que os convocados, ainda que permaneçam em silêncio, sejam interrogados. “Temos experiências de CPIs anteriores de depoentes que ficaram duas, três, quatro horas calados. Mas, os questionamentos do relator e dos parlamentares com visões diferentes, dados produzidos plebéias equipes ajudam a construir o relatório final que pode ser encaminhado ao Ministério Público e a Procuradoria-Geral da República”, argumentou. O parlamentar citou o exemplo da CPI dos Correios que resultou um relatório que serviu de base para a denúncia da PGR ao Supremo Tribunal Federal sobre o esquema do mensalão. “Cada membro da comissão é um investigador”, acrescentou.
Ele pede a mudança do rito da condução dos depoimentos em prevalece a dispensa do convocado quando ele evoca seu direito de permanecer calado. Os integrantes decidirão a questão após o término dos depoimentos de hoje.
Os dois primeiros depoentes desta terça-feira (26), Lúcio Fiúza e Écio Antônio Ribeiro, usaram o direito constitucional de ficar em silêncio e foram dispensados pelo presidente da Comissão.