Bravata oficial –
Quem acompanhou o discurso do presidente Lula da Silva no Paraguai percebeu que impera na porção esquerdista da América Latina uma cartilha politiqueira que segue os ditames de Havana. Com o propósito de continuar liderando esse processo bizarro de esquerdização do continente, o presidente-metalúrgico concordou em pagar ao governo paraguaio o triplo do valor acertado pela energia excedente produzida na binacional Itaipu a que o país vizinho tem direito e não utiliza. Ou seja, ao invés de US$ 120 milhões anuais atualmente pagos, o governo brasileiro desembolsará US$ 360 milhões. E esse acordo absurdo não pode, nem mesmo no maior dos devaneios, ser rotulado como “histórico”, a exemplo do que sugeriu o presidente brasileiro.
Integrantes do governo Lula garantiram, após o evento em Assunção, que esse novo acordo não refletirá nas contas de energia elétrica, o que é uma sonora inverdade, pois o aumento já foi calculado em 3%. Basta lembrar que, por ocasião da gatunagem protagonizada por Evo Morales, o presidente-cocalero da Bolívia que decidiu aumentar o preço do gás natural fornecido ao Brasil, a conta acabou no bolso do consumidor.
Nesse misto de populismo continental de quinta com messianismo de botequim há algo que precisa de atenção por parte dos brasileiros. Desde o melancólico fim da União Soviética, o governo cubano está à deriva em termos financeiros. Sem os polpudos aportes monetários de Moscou, Havana precisa do dinheiro da esquerda latino-americana para manter a farsa política que desembarcou na ilha caribenha há mais de quarenta anos. E não se deve ignorar o fato que há na América do Sul um escandaloso caixa 2, sempre pronto para financiar alguns populistas chicaneiros, engordar suas poupanças criminosas e, principalmente, custear a ditadura castrista.