Nova batalha – Procurador de carreira, o ex-senador goiano Demóstenes Torres (sem partido) deverá enfrentar procedimento disciplinar quando retornar ao Ministério Público de Goiás, do qual estava licenciado desde 1999 por força do exercício do mandato parlamentar.
Em nota divulgada na tarde de quarta-feira (11), a Corregedoria-Geral do MP de Goiás informou que aguardava apenas a publicação da decisão do plenário no Diário do Senado para instaurar procedimento disciplinar para apurar se Demóstenes cometeu eventual transgressão funcional. Nenhum procedimento foi instaurado até então porque as acusações e suspeitas contra o ex-senador não atingiram sua atuação como membro do Ministério Público. A decisão do plenário está publicada na edição desta quinta-feira do Diário do Senado.
Acusado de ter beneficiado a organização criminosa comandada, segundo a Polícia Federal, pelo contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, Demóstenes Torres o até então eloqüente e crítico Demóstenes perdeu o mandato por quebra de decoro parlamentar, o que o torna inelegível até o ano de 2027.
Caso reassuma o cargo de procurador, o que deve acontecer, Demóstenes voltará a atuar na 27ª Procuradoria de Justiça, fazendo jus a um salário de R$ 22 mil, além dos costumeiros benefícios do cargo.
Confirmado o vínculo com o MP goiano, Demóstenes continuará gozando do chamado foro privilegiado por prerrogativa de função, o que fará com que o inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) será remetido ao Tribunal de Justiça de Goiás. No caso de o ex-senador deixar o MP, o processo será remetido à Justiça Federal em Goiás.
A Corregedoria Nacional do Conselho Nacional do Ministério Público também está apurando o suposto envolvimento do procurador-geral de Justiça de Goiás, Benedito Torres, irmão de Demóstenes, com o grupo de Carlinhos Cachoeira. (Com informações da Agência Brasil)