Marcha lenta – A produção industrial brasileira registrou alta de 0,2% em junho deste ano, em relação ao mês anterior, após três meses seguidos de quedas. O dado é da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta quarta-feira (1) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com o mesmo período de 2011, a atividade fabril brasileira recuou 5,5% – o 10º resultado negativo seguido nessa base de comparação e o mais forte desde setembro de 2009, quando fora verificada queda de 7,6%.
Na comparação com junho de 2011, a atividade industrial do País, no entanto, registrou queda de 5,5 %. Trata-se do maior recuo desde setembro de 2009, quando foi verificada queda de 7,6%. No primeiro semestre, a indústria acumula redução de 3,8 % na produção. Nos últimos doze meses, a queda acumulada chega a 2,3%.
Entre os segmentos industriais, o principal destaque, de maio para junho, ficou com os bens de consumo duráveis, que cresceram 4,8% no período. Também tiveram alta os bens de consumo semiduráveis e não duráveis, com crescimento de 1,8%, e os bens de capital, com aumento de 1,4%. Apenas os bens intermediários tiveram queda, de 0,9%, no período.
Doze das 27 atividades industriais pesquisadas pelo IBGE tiveram alta, com destaque para outros equipamentos de transporte, que cresceram 12,5% de maio para junho.
Segundo o pesquisador André Macedo, do IBGE, no entanto, o resultado positivo de junho não suplanta a queda acumulada de 2,1% dos três meses anteriores. “Permanece um quadro de menor ritmo da produção. Olhando os dados em comparação com o ano anterior, a indústria como um todo mostra um ritmo mais alto de queda”, disse.
A alta registrada pelo IBGE na produção industrial não representa qualquer mudança no cenário econômico, pois o governo da presidente Dilma Rousseff continua devendo mudanças estruturais para que o Brasil e os brasileiros comecem a respirar aliviados.