Controle remoto – O debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo promovido pela Band na quinta-feira (2) mostrou que a política é a terna ciência das promessas. Independentemente da ideologia de cada candidato, o que não faltou no debate foram promessas de soluções para questões que já se tornaram perenes.
Enquanto alguns candidatos tinham voz própria, apesar dos compromissos e dogmas partidários, o petista Fernando Haddad, que muitos esperavam crescer no horário eleitoral, mostrou ser mais um fantoche inventado por Lula. Pouco preparado e sem muita intimidade com as câmeras, Haddad insistiu em dizer que é o candidato do ex-metalúrgico e que tem o apoio da presidente Dilma Vana Rousseff, como se isso valesse alguma coisa.
No momento em que o Mensalão do PT na boca do povo, insistir na relação com Lula é um suicídio eleitoral, pois em julgamento no Supremo Tribunal Federal está, além dos crimes cometidos pelos mensaleiros, a credibilidade de um governo que pouco fez e soube abusar da pirotecnia palaciana para incensar o seu representante maior.
Sexta maior cidade maior cidade do planeta e a mais importante do País, São Paulo não precisa de alguém que cumpra ordens, mas tenha iniciativa própria e conhecimentos básicos de planejamento. Algo que Lula e Dilma já mostraram que desconhecem. Imaginar que Fernando Haddad em algum momento reverterá o jogo é acreditar que milagres acontecem em cada esquina.
