Dilma se esforça para dizer que concessão não é privatização, mas ignora a falência do governo do PT

(Foto: Folha de S. Paulo)
Escondendo o jogo – A incompetência do governo do Partido dos Trabalhadores alcançou seu ápice na quarta-feira (15), durante cerimônia no Palácio do Planalto em que a presidente Dilma Rousseff, diante de três dezenas de empresários, anunciou a privatização de rodovias e ferrovias, como forma de salvar a infraestrutura do País e dar uma injeção de ânimo na economia verde-loura.

O anúncio, que veio com atraso de pelo menos uma década, só não aconteceu antes por questões políticas. Centrado em um projeto de poder totalitarista, nos moldes do já existente na vizinha Venezuela, o PT tinha como foco criticar as privatizações ocorridas na era do tucano Fernando Henrique Cardoso, antecessor do messiânico Luiz Inácio da Silva. Durante os últimos dez anos, Lula e sua camarilha se dedicaram à defesa da maior participação do Estado em setores essenciais, no melhor estilo da velha União Soviética, que controlava tudo e todos.

Caso adotasse a estratégia da privatização, como fez agora a presidente Dilma, o ex-metalúrgico no máximo teria chegado ao fim do seu primeiro mandato, pois sua eleição em 2002 se deu no vácuo de discursos ufanistas e absurdos, como os brasileiros de bem conhecem a fundo. Para manter em marcha o projeto de poder do PT, Lula entregou o País ao atraso, camuflando esse escárnio com esmolas sociais e anúncios pirotécnicos e mentirosos.

A necessidade de preservar o projeto de poder obrigou a presidente Dilma Rousseff, durante a cerimônia palaciana, a afirmar que o plano anunciado não significava privatização, mas apenas concessão. O que Dilma tenta é esconder o sol com a peneira, pois é sabido que nenhum empresário há de colocar a mão no bolso para ajudar um governo marcado por incompetência e corrupção. E com o atual cenário da economia brasileira, entre concessão e privatização inexiste diferença.

Resta torcer para que o povo tenha tempo suficiente de analisar os fatos e concatenar as ideias até as eleições municipais de outubro próximo.