Para depois – Nesta quarta-feira (19), o Supremo Tribunal Federal decidiu alterar a forma do julgamento do processo do Mensalão do PT (Ação Penal 470). Com isso, a análise e julgamento das denúncias contra integrantes da cúpula do Partido dos Trabalhadores, como José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino, deverá acontecer somente na semana do primeiro turno das eleições municipais, o que pode ser prejudicial à legenda que tenta a todo custo minimizar os efeitos colaterais do escândalo sobre as campanhas de alguns “companheiros”.
A decisão foi tomada após entendimento entre os ministros Joaquim Barbosa (relator) e Ricardo Lewandowski (revisor). Os magistrados concordaram em adiar a análise das acusações de corrupção ativa que pesam sobre o núcleo político do Mensalão do PT.
De tal modo, na sessão de quinta-feira (20) o ministro-relator deve finalizar seu voto sobre os réus acusados pelo crime de corrupção passiva, políticos ligados ao PP, PTB, PL (atual PR) e PMDB. Na sequência falará o revisor, que precisará de pelo menos duas sessões para a leitura de seu voto. Em seguida votarão os outros oito ministros do STF. Joaquim Barbosa, que alegou cansaço por conta do problema crônico no quadril, revelou a interlocutores que a ideia é racionalizar o julgamento.