Vale tudo – Quando o assunto é impunidade, chamar Lula e o PT é quase uma obrigação. Como sempre dando de ombros ao que determina a legislação, o Partido dos Trabalhadores, nos últimos dias, tem afrontado a Justiça Eleitoral, como se o Brasil fosse uma propriedade particular de um grupo que nas plagas verde-louras tenta implantar o que os comunistas preferem chamar de ditadura ideal, se é que isso de fato existe.
Na última sexta-feira (5), Luiz Inácio da Silva e o “lulodependente” Fernando Haddad fizeram um comício na Praça da Sé, no centro da capital paulista, usando carro de som de um sindicato. A legislação eleitoral proíbe que sindicatos e entidades de classe façam campanha para candidatos a cargos eletivos. Mesmo assim, Lula, abusado como sempre, pediu uma vaia para o Judiciário, apenas porque o Supremo Tribunal Federal vê condenando os envolvidos no Mensalão do PT.
No começo da tarde deste domingo (7), a coordenação da campanha de José Serra, candidato do PSDB á prefeitura de São Paulo, decidiu ingressar com representação no Tribunal Regional Eleitoral contra Haddad e Celso Russomanno (PRB), uma vez que os sites de campanha de ambos ainda estavam no ar, o que a legislação proíbe. Essa ousadia, que atropela a lei vigente, denota o desespero dos candidatos, que por certo não confiam nas pesquisas de intenção de voto.
Em um país minimamente sério e respeitador das leis, Fernando Haddad e de Celso Russomanno já estariam inelegíveis. Enquanto o Judiciário brasileiro não adotar a tolerância zero para a classe política, o Brasil será eternamente essa conhecida barafunda.