Condenados no Mensalão do PT abusam da retórica chicaneira e instituem tese de mão única

Sem nexo – Política é a arte da incoerência, como sempre afirma o ucho.info. Com o julgamento do Mensalão do PT (Ação Penal 470) pelo Supremo Tribunal Federal, esse viés incompreensível da política tornou-se mais evidente. A exemplo do que noticiamos na edição de quarta-feira (10), José Dirceu e José Genoino, condenados por corrupção ativa, abusaram do tom melancólico para rechaçar a decisão quase unânime dos ministros do STF. Como era esperado, ambos afirmaram ser vítimas de injustiça e de um golpe arquitetado pela imprensa nacional. Conversa fiada que não mais convence.

Os advogados dos réus, durante a defesa e ao longo do julgamento, insistiram na tese de que testemunhas ouvidas durante o inquérito jamais apontaram Dirceu e Genoino como partícipes do esquema. Vale lembrar, porém, que as testemunhas mencionadas são filiadas ao Partido dos Trabalhadores ou tiveram algum no maior escândalo de corrupção da história do País. Resumindo, as autoridades ouviram pessoas que jamais falariam o contrário ou foram treinadas para faltar com a verdade.

Ora, se as provas testemunhais servem para eventualmente absolver os réus, como alegaram os advogados de defesa, servem também para condenar, como fizeram os ministros da Suprema Corte. Como a cúpula petista é firmada por magnânimos intocáveis, a mencionada tese só funciona em uma via, a da absolvição, não servindo para condenar alguns saltimbancos que se valeram da petulância para arquitetar um golpe financiado com dinheiro público desviado e polpudas doações de empresários corruptores.

O projeto do PT de transformar o Brasil em uma versão continental de Cuba foi interrompido, mas é preciso dedicação dos brasileiros para que o plano seja sepultado de uma só vez, sob pena de, em breve, sermos obrigados a viver sob o manto de uma ditadura civil, a exemplo do que ocorre na vizinha Venezuela, onde a exceção tornou-se regra.