Sem recuo – Na cidade de São Paulo, o segundo turno da disputa pela prefeitura local será uma quase infindável troca de acusações entre o petista Fernando Haddad e o tucano José Serra. O que em nada ajuda a solucionar os problemas da maior metrópole do País. Como o PT está acostumado ao jogo sujo e rasteiro, Haddad foi treinado para rebater qualquer acusação contra o partido responsável pelo maior escândalo de corrupção da história nacional.
Como se fosse representante de um grupo de gênios e impolutos, Fernando Haddad rebate as citações sobre o Mensalão do PT cobrando explicações para o mensalão tucano, como se a elucidação de um crime dependesse de outro. Que a Justiça cumpra o seu papel, julgando e condenando, quando necessário, os envolvidos em qualquer caso de corrupção, não importando a filiação partidária dos acusados. O que não se pode aceitar é que o PT tente passar uma imagem de inocência, o que inexiste, questionando outros escândalos.
José Serra negou fazer uso eleitoral do julgamento do Mensalão do PT, mas o candidato tucano não deve explicações acerca do assunto, já que a mais alta instância da Justiça verde-loura condenou os envolvidos no esquema criminoso. O escândalo, que o PT tenta minimizar, deve ser explorado exaustivamente durante a campanha, pois a administração da capital paulista não pode ser entregue a um grupo de mensaleiros, uma vez que por trás da candidatura de Fernando Haddad está o chefe maior do mensalão, o embusteiro Luiz Inácio da Silva. Fora isso, não custa lembrar que orçamento da cidade de São Paulo para 2013 é de R$ 42 bilhões.
O tom adotado por Fernando Haddad faz parte da estratégia criada pela cúpula do Partido dos Trabalhadores para desqualificar as condenações no caso do Mensalão do PT, o que não passa de uma tentativa de evitar a derrocada da legenda.